22 de dezembro de 2024 Doar
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Papa pede que Oriente Médio se torne terra de paz e não campo de batalha

Papa Francisco durante a audiência. | Vatican Media

O Papa Francisco expressou nesta sexta-feira, 1º de fevereiro, seu desejo de "assegurar a todos os fiéis do Oriente Médio minha proximidade, meu pensamento constante e a minha oração, para que aquelas terras, únicas no plano salvífico de Deus, após a longa noite de conflitos, possam vislumbrar um alvorecer de paz".

"O Oriente Médio deve se tornar uma terra de paz", assegurou o Pontífice. "Não pode continuar a ser um campo de batalha. Que a guerra, filha do poder e da miséria, dê lugar à paz, filha do direito e da justiça, e também nossos irmãos cristãos sejam reconhecidos como cidadãos a pleno título e com direitos iguais", pediu.

O Santo Padre se expressou assim durante o seu discurso aos membros da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais, que se reúne anualmente durante uma semana, sendo que a cada dois anos o encontro acontece em Roma. O tema deste ano é o sacramento do matrimônio.

Em seu discurso, o Santo Padre ressaltou: "Muitos de vocês pertencem à Igreja no Oriente Médio, terrivelmente provada pela guerra, pela violência e pelas perseguições".

"As vidas dos muitos santos de nossas Igrejas são sementes de paz lançadas naquelas terras e florescidas no céu. E de lá nos sustentam no caminho rumo à plena comunhão, caminho que Deus deseja, caminho que pede para seguir não segundo as conveniências do momento, mas dócil à vontade do Senhor: que todos sejam um", disse.

"A semente desta comunhão, também graças ao vosso precioso trabalho, brotou e continua a ser irrigada pelo sangue das testemunhas da unidade, por tanto sangue derramado pelos mártires do nosso tempo: membros de Igrejas diferentes que, unidos pelo comum sofrimento pelo nome de Jesus, agora compartilham a mesma glória".

Por outro lado, o Papa agradeceu os esforços dos membros da Comissão para que os católicos e ortodoxos possam "caminhar pelos caminhos da unidade e fazê-lo com um ânimo fraterno".

Francisco assegurou que este diálogo "ilustra bem como entre Oriente e Ocidente as diferentes formulações teológicas muitas vezes não só não se contrapõe como também se complementam, tal como declarou o Concílio Vaticano II".

"Rezo e vos encorajo para que a atual reflexão sobre os Sacramentos possa nos ajudar a prosseguir o percurso rumo à plena comunhão, rumo à celebração comum da Santa Eucaristia". Em particular, ressaltou que nesta sessão XVI da Comissão refletiu "sobre o sacramento do matrimônio".

Francisco assegurou: "Gosto de pensar no que afirma o Livro do Gênesis: Deus criou o homem à sua imagem, criou o homem e a mulher. O homem é plenamente a imagem de Deus não quando está sozinho, mas quando vive na comunhão estável de amor, porque Deus é comunhão de amor".

"Estou certo de que o vosso trabalho, realizado em um clima de grande concórdia irá em benefício da família dos filhos de Deus, da Esposa de Cristo, que desejamos apresentar ao Senhor sem manchas, nem rugas, sem feridas e sem divisões, mas na beleza da plena comunhão".

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