17 de dezembro de 2024 Doar
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São Paulo VI passa a ser celebrado no dia de sua ordenação sacerdotal

Paulo VI | Wikimedia Commons

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos divulgou nesta quarta-feira, 6 de fevereiro, decreto sobre a inscrição da celebração de São Paulo VI no Calendário Romano Geral, estabelecendo como data o dia sua ordenação sacerdotal, 29 de maio.

"Considerada a santidade de vida deste Sumo Pontífice, testemunhada nas obras e palavras, e tendo em conta o grande influxo exercitado pelo seu magistério apostólico pela Igreja dispersa por toda a terra, o Santo Padre Francisco, acolhendo a petição e os desejos do Povo de Deus, dispôs que a celebração de São Paulo VI, papa, seja inscrita no Calendário Romano Geral, a 29 de Maio, com o grau de memoria facultativa".

Nesse sentido, o decreto explica que "esta nova memória deverá ser inserida em todos os Calendários e Livros Litúrgicos para a celebração da Missa e da Liturgia das Horas" e que os textos litúrgicos a serem adotados "devem ser traduzidos, aprovados e, depois da confirmação deste Dicastério, publicados sob a autoridade da Conferência Episcopal".

Conforme assinala o documento, "Deus, Pastor e guia de todos os fiéis, confia a sua Igreja, peregrina no tempo, àqueles que Ele mesmo constituiu vigários do seu Filho", entre os quais, afirma, "resplandece São Paulo VI que uniu na sua pessoa a fé límpida de São Pedro e o zelo missionário de São Paulo".

Além de sua "consciência de ser Pedro", ressalta-se ainda que, "como Paulo, consomou a sua vida pelo Evangelho de Cristo, cruzando novas fronteiras e fazendo-se testemunha d'Ele no anúncio e no diálogo, profeta de uma Igreja extroversa que olha para os distantes e cuida dos pobres".

"A Igreja, de fato, foi sempre o seu amor constante, a sua solicitude primordial, o seu pensamento fixo, o primeiro e fundamental fio condutor do seu pontificado, porque queria que a Igreja tivesse melhor consciência de si mesma e pudesse levar cada vez mais longe o anúncio do Evangelho", acrescenta o decreto.

São Paulo VI

Recorda-se ainda no decreto a vida desta Papa santo, o qual nasceu em 26 de setembro de 1897, com Concesio (Itália), tendo recebido como nome de batismo João Baptista Montini, e "foi ordenado sacerdote a 29 de Maio de 1920".

Colaborou com Pio XI e Pio XII desde 1924 e, "ao mesmo tempo, exerceu o ministério sacerdotal junto dos jovens universitários". Foi "nomeado Substituto da Secretaria de Estado, durante a Segunda Guerra Mundial, empenhou-se em dar exílio aos perseguidos hebreus e também aos refugiados".

Em seguida, foi nomeado Pio-Secretário de Estado para os Assuntos Gerais da Igreja, "razão pela qual conheceu e encontrou muitos impulsionadores do movimento ecumênico".

Em 1954, aos 57 anos, foi nomeado Arcebispo de Milão e, em 1958, foi elevado à dignidade de Cardeal da Santa Romana Igreja por São João XXIII. Após a morte deste, "foi eleito à cátedra de Pedro em 21 de junho de 1963".

"Perseverou infatigavelmente na obra iniciada pelos seus predecessores, em particular, levando a cabo o Concílio Vaticano II. Levou a bom termo numerosas iniciativas como sinal da sua viva solicitude nos confrontos da Igreja com o mundo contemporâneo", sublinha o texto.

Nesse sentido, recorda "suas viagens na qualidade de peregrino, realizadas como atividade apostólica e que serviam, por um lado a preparar a unidade dos Cristãos, e por outro, a reivindicar a importância dos direitos fundamentais dos homens".

"Exerceu ainda o seu Magistério em favor da paz, promoveu o progresso dos povos e a inculturação da fé", assinala ainda o decreto.

Recorda também que Paulo VI "deu cumprimento à reforma litúrgica aprovando ritos e orações seguindo ao mesmo tempo a tradição e adaptando-os aos novos tempos e promulgando com a sua autoridade, para o Rito Romano, o Calendário, o Missal, a Liturgia das Horas, o Pontifical e quase todos os Rituais, a fim de favorecer a participação dos fiéis na liturgia. Do mesmo modo, empenhou-se em que as celebrações pontifícias fossem revestidas de uma forma mais simples".

O Pontífice faleceu em 6 de agosto de 1978, em Castelo Gandolfo.

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