15 de novembro de 2024 Doar
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É inconcebível que o Senado dos EUA não rechace o infanticídio, lamenta Bispo

Senado dos Estados Unidos. | Pixhere / Domínio público

O presidente da Comissão de Atividades Pró-Vida da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), Dom Joseph Naumann, lamentou que o Senado não tenha aprovado uma lei para rechaçar o infanticídio e que garantiria a defesa das vidas de bebês que sobrevivem a um aborto.

Na segunda-feira, 4 de fevereiro, o Senado dos EUA não aprovou a Lei de Proteção aos Sobreviventes do Aborto Nascidos Vivos, uma lei que garantiria que um bebê nascido vivo depois de um aborto tenha o mesmo tipo de cuidado que qualquer outro.

A lei contou com o apoio dos republicanos, mas a rejeição dos democratas. "Essa é realmente a visão social do partido democrata? Não posso imaginar uma visão que seja menos justa e menos consistente com a bondade e compaixão do povo norte-americano", ressaltou o senador republicano Josh Hawley.

"O Senado dos Estados Unidos teve a oportunidade de declarar unanimemente à nação que o infanticídio é objetivamente errado. É inconcebível que não o tenham feito", afirmou Dom Naumann em uma declaração divulgada no site da USCCB.

O também Arcebispo de Kansas City disse que nenhum recém-nascido deveria ser deixado morrer sem atenção médica. "É bárbaro e implacável deixar esses bebês vulneráveis ​​sem nenhum tipo de cuidado ou direito", acrescentou.

O projeto de lei estabelecia que "qualquer profissional de saúde que esteja presente" no momento do nascimento, após um aborto que falhou, "deve exercer o mesmo grau de profissionalismo e diligência para preservar a vida e a saúde da criança que teria com qualquer outra criança nascida viva na mesma idade gestacional".

Também indicava que o profissional de saúde "deve se assegurar de que a criança nascida viva seja imediatamente levada e internada em um hospital".

Essa precisão foi feita considerando que as clínicas de aborto, onde o procedimento costuma ser cirúrgico, não costumam ter outro tipo de atendimento além daqueles relacionados a essa prática. Além disso, algumas fornecem somente os fármacos que induzem o aborto e anticoncepcionais.

O projeto rechaçado propunha que, se um profissional de saúde ignorasse essas medidas, poderia enfrentar acusações criminais.

Ben Sasse, um senador republicano de Nebraska que apresentou o projeto de lei, disse que não tem nada a ver com "a rivalidade entre democratas e republicanos. Nós estamos além disso. Todos no Senado deveríamos dizer inequivocamente que o bebezinho merece viver, que tem direitos e que matá-lo está errado".

Sasse também se referiu à recente lei aprovada no estado de Nova York que permitirá acabar com a vida de um nascituro durante a gravidez ou deixá-lo morrer caso sobreviva ao aborto. Na Virgínia, querem aprovar uma lei semelhante.

O governador da Virginia, Ralph Northam "é um covarde que tem uma perspectiva do ser humano terrível que não lhe permite dizer esta verdade básica: está errado deixar que os bebês nascidos vivos morram", disse Sasse.

Por outro lado, a senadora democrata Patty Murray, de Washington, disse que "já temos leis que são contra o infanticídio neste país". Esta é uma má-interpretação grosseira do verdadeiro significado da lei que se pede considerar. Portanto, eu a objeto".

Em sua declaração, o bispo Naumann indicou que "o Congresso deve reagir e aprovar esta lei para garantir que o legado de Roe vs. Wade não passe de matar bebês por nascer a matar bebês recém-nascidos".

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