21 de novembro de 2024 Doar
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Acusado de assassinar gestante evita acusações de aborto devido à nova lei de Nova York

Foto referencial: Pixabay (Domínio público)

Um homem acusado de assassinar sua namorada grávida evitou ser acusado do crime de aborto por causa da nova lei aprovada em 22 de janeiro pelo Senado de Nova York e promulgada pelo governador Andrew Cuomo.

Segundo o 'New York Post', os promotores acusaram Anthony Hobson (48) pelo assassinato de sua namorada Jennifer Irigoyen (35) e pelo crime de aborto em segundo grau. No entanto, após a aprovação da nova lei do aborto, viram-se obrigados a rescindir a segunda acusação.

Hobson esfaqueou Irigoyen no hall de entrada do prédio onde morava no Queens. "Ele tem uma faca! Vai matar o bebê!", gritou a mulher, segundo informou uma testemunha dos fatos. Após o ataque, a mulher foi levada para o Centro Médico Wyckogg Heeights, onde os médicos não conseguiram salvar nenhum dos dois.

Um porta-voz da promotoria do Queens disse ao jornal que a acusação de aborto "foi rejeitada pela Assembleia Legislativa, e assim é a lei atualmente". Hobson foi preso no Queens na sexta-feira, 8 de fevereiro.

O 'New York Post' informou que o escritório de Cuomo não se pronunciou sobre este caso.

A lei do aborto em Nova York

O Senado do Estado de Nova York (Estados Unidos) aprovou no dia 22 de janeiro uma nova lei do aborto que permite esta prática durante toda a gravidez.

A lei perite que profissionais de saúde, como técnicos de enfermagem e médicos assistentes, realizem abortos. Além disso, endossa o aborto tardio em qualquer momento em caso de inviabilidade fetal ou "quando for necessário para proteger a vida ou a saúde de um paciente".

Se o bebê sobreviver ao aborto, o profissional que está realizando pode deixá-lo morrer.

A lei, aprovada no dia do aniversário da decisão Roe vs. Wade que legalizou o aborto nos Estados Unidos em 1973, também transfere esta prática do código penal para o código de saúde.

A norma estabelece que o aborto continuará sendo legal no estado de Nova York, mesmo se a Suprema Corte reverter a decisão Roe vs. Wade.

Se a Suprema Corte reverter a decisão de Roe vs. Wade, o que poderia ocorrer após a nomeação do juiz Brett Kavanaugh, a aprovação do aborto deixará de estar nas mãos do governo federal dos Estados Unidos, mas vai depender de cada estado.

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