22 de dezembro de 2024 Doar
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Bispos pedem que se reze pelo início do diálogo na Nicarágua

Fiéis na Nicarágua – | Facebook Arquidiocese de Manágua

Os bispos da Nicarágua pediram aos fiéis que rezem pelo diálogo iniciado na quarta-feira, 27 de fevereiro, entre o governo de Daniel Ortega e a opositora Aliança Cívica pela Justiça e a Democracia.

Em uma mensagem divulgada nas redes sociais, o Arcebispo de Manágua, Cardeal Leopoldo Brenes, convidou os fiéis a rezar "para que possamos colocar um sincero esforço para trabalhar autenticamente pelo bem comum, recusando todo desejo egoísta e interesses sectários, na busca de novos horizontes para a Nicarágua".

Estes horizontes, indicou, devem estar fundados "no respeito aos direitos humanos, promovendo uma cultura do diálogo e de entendimento. Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós".

Em sua conta de Facebook, a Conferência Episcopal da Nicarágua se uniu a esta intenção do Cardeal Brenes "na campanha 'Juntos Oremos'". Além disso, pediu à Nossa Senhora da Imaculada Conceição que interceda pelo país.

Do mesmo modo, o Bispo Auxiliar de Manágua, Dom Silvio Báez, assegurou sua oração "pela Nicarágua ao iniciar hoje (ontem) as negociações".

"Que se renuncie aos interesses pessoais e ideológicos e não se anteponha nunca o econômico aos direitos humanos. Que tudo seja transparente, com todos os presos políticos libertados e com as liberdades públicas restituídas", expressou em sua conta de Twitter.

Participaram como testemunhas no início do diálogo o Cardeal Brenes e o Núncio Apostólico na Nicarágua, Dom Waldemar Stanislaw Sommertag.

Entretanto, o jornal 'La Prensa de Nicaragua' informou que o governo vetou a participação do Bispo de Matagalpa, Dom Rolando Álvarez, na mesa do diálogo. A oposição exige que o Prelado possa estar presente.

A aproximação da quarta-feira ocorreu depois de quase oito meses da primeira tentativa de diálogo. Porém, para que a reunião de ontem pudesse acontecer, a oposição exigiu ao regime que libertasse os presos políticos e manifestantes detidos durante os protestos que começaram em abril de 2018.

Segundo a oposição, os detidos são mais de 700. Entretanto, o número dos que foram soltos na quarta-feira e que passariam a ter prisão domiciliar não seriam mais do que cem. O governo não informou se nos próximos dias mais pessoas deixariam a prisão.

Além da libertação dos manifestantes, a Aliança Cívica pela Justiça e a Democracia também pediu "o restabelecimento das liberdades, direitos e garantias estabelecidos pela Constituição Política" e "reformas eleitorais que garantam eleições justas, livres e transparentes".

Em suas redes sociais, indicou que, "neste primeiro encontro, estamos definindo o roteiro para assegurar um processo transparente, efetivo e concreto".

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