24 de dezembro de 2024 Doar
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Estes são os 7 bispos mártires que serão proclamados beatos

Bispos mártires da Romênia

A Igreja reconheceu o martírio de sete bispos pertencentes à Igreja Greco-Católica da Romênia, em comunhão com Roma, que foram mortos pela ditadura comunista que governou o país entre 1950 e 1970.

Nesta terça-feira, 19 de março, o Papa Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto que reconhece o martírio dos bispos Valeriu Traian Frenţiu, Vasile Aftenie, Ioan Suciu, Tit Liviu Chinezu, Ioan Balan, Alexandru Rusu e Iuliu Hossu , assassinado por ódio à fé em diferentes lugares da Romênia, entre 1950 e 1970.

Esse reconhecimento permitirá que os sete bispos assassinados por ódio à fé sejam proclamados beatos.

Como outros países do Leste Europeu, a Romênia foi ocupada por tropas soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial. Deste modo, o país passou de uma ditadura fascista, aliada à Alemanha nazista a uma ditadura comunista sob o controle da União Soviética.

O comunismo na Romênia durou até a derrubada do ditador Ceausescu em 1989.

Valeriu Traian Frenţiu, Bispo de Oradea e depois Administrador Apostólico da Arquidiocese de Alba Iulia e Fagaras, foi preso em 28 de outubro de 1948 pelo regime comunista. Foi levado ao campo de concentração de Dragoslavele, depois, ao Mosteiro de Caldarusani – transformado em centro de reclusão –, e desde 1950, no centro penitenciário de Sighetul Marmatiei.

Nesta última prisão, não suportou as condições precárias do local e faleceu e 11 de julho de 1952. Seu corpo foi enterrado sem funerais em uma vala comum.

Vasile Aftenie foi bispo de Ulpiana. Foi preso em 28 de outubro de 1948 pelas autoridades comunistas e levado primeiro a Dragoslavele e depois para o campo de concentração construído no Mosteiro de Caldarusani, onde foi torturado e mutilado. Finalmente, foi detido na prisão de Vacaresti, onde morreu em 10 de maio de 1950.

Ioan Suciu foi bispo auxiliar de Oradea Mare e posteriormente Administrador Apostólico da Arquidiocese de Alba Iulia e Fagaras, juntamente com o Bispo Valeriu Traian Frenţiu. Foi preso em 28 de outubro de 1948 e seguiu o mesmo caminho dos outros bispos: primeiro foi preso em Dragoslavele e, em seguida, no Mosteiro de Caldarusani.

Em 1950, foi transferido para a prisão de Sighetul Marmatiei, onde foi torturado e abandonado entre a doença e a inanição. Morreu em 27 de junho de 1953 e foi enterrado em uma vala comum.

Tit Liviu Chinezu foi preso em 28 de outubro de 1948, junto com outros sacerdotes e bispos, e transferido para o Mosteiro de Neamt. Depois foi transferido para a prisão de Caldarusani onde, em 3 de dezembro de 1949, recebeu a ordenação episcopal de outros bispos presos.

Quando a notícia da ordenação chegou às autoridades comunistas, o novo bispo foi transferido para o centro penitenciário de Sighetul Marmatiei. No local, sofreu uma doença grave devido ao trabalho forçado, fome e frio. Morreu em 15 de janeiro de 1955 e foi enterrado em uma vala comum.

Ioan Balan foi consagrado bispo de Lugoj em 1936 e mais tarde foi nomeado Metropolita. Foi preso em 28 de outubro de 1948 e detido em Dragoslavele e depois no Mosteiro de Caldarusani.

Em maio de 1950, foi transferido para o centro penitenciário de Sighetul Marmatiei. Em 1956, foi transferido para o Mosteiro de Ciorogarla, onde ficou gravemente doente. Morreu em 4 de agosto de 1959.

Alexandru Rusu foi bispo de Maramure e Metropolita. Em 28 de outubro de 1948, as autoridades comunistas o deportaram para Dragoslavele e, como outros bispos católicos, mais tarde para o Mosteiro de Caldarusani e para o centro penitenciário Sighetul Marmatiei. Foi posteriormente transferido para outras prisões, adoeceu e morreu em 9 de maio de 1963.

Iuliu Hossu foi bispo da Eparquia Greco-Católica de Gerla, na Transilvânia. Em 28 de outubro de 1948, foi preso pelo governo comunista e deportado para Dragoslavele. Foi então transferido para o Mosteiro de Caldarusani e depois para a prisão de Sighetul Marmatiei.

Depois de passar por outros centros de detenção, foi transferido de volta para o Mosteiro de Caldarusani. Permaneceu encarcerado até sua morte em 28 de maio de 1970.

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