5 de novembro de 2024 Doar
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Em mensagem pelo Ramadã, Vaticano convida muçulmanos a promover fraternidade humana

Papa Francisco na Mesquita Azul durante sua viagem à Turquia. | Vatican Media

Por ocasião do mês do Ramadã, que neste ano começou no dia 5 de maio, o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso enviou uma mensagem aos muçulmanos com o tema: "Cristãos e muçulmanos: promover a fraternidade humana".

No texto, divulgado na sexta-feira, 10 de maio, e assinado pelo Secretário do dicastério, Dom Miguel Ángel Ayuso Guixot, indica que o mês do Ramadã, dedicado ao jejum, à oração e à esmola, "também é um mês para fortalecer os laços espirituais que compartilhamos na amizade entre cristãos e muçulmanos".

Assim, Dom Ayuso aproveita esta oportunidade para desejar "uma celebração serena e frutuosa" do Ramadã.

Referindo-se ao documento sobre a fraternidade humana, assinado em Abu Dhabi pelo Papa Francisco e pelo Grão-Imã de Al-Azhar, destaca que "as nossas religiões convidam a permanecer ancorados aos valores da paz; apoiar os valores do conhecimento mútuo, da fraternidade humana e da convivência comum; restabelecer a sabedoria, a justiça e a caridade".

Por isso, enfatiza que cristãos e muçulmanos "somos chamados a abrir-nos aos demais, conhecendo-os e reconhecendo-os como irmãos e irmãs. Desta forma, podemos derrubar os muros levantados pelo medo e pela ignorância e tentar construir juntos pontes de amizade que são fundamentais para o bem de toda a humanidade".

Deste modo, a mensagem incentiva a cultivar "em nossas famílias e em nossas instituições políticas, civis e religiosas, uma nova forma de vida na qual se rejeite a violência e se respeite a pessoa humana".

Além disso, o texto convida "a prosseguir a cultura do diálogo como um meio de cooperação e como um método para aumentar o conhecimento mútuo".

Neste sentido, recorda-se que em sua viagem ao Cairo (Egito), o Papa Francisco destacou três diretrizes fundamentais para buscar o diálogo e o conhecimento entre pessoas de diferentes religiões: "o dever da identidade, a coragem da alteridade e a sinceridade das intenções".

"Para respeitar a diversidade, o diálogo deve promover o direito à vida, à integridade física e às liberdades fundamentais, como a liberdade de consciência, de pensamento, de expressão e de religião", escreve Dom Ayuso.

Ao concluir, o Secretário do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso afirma esperar que a mensagem de fraternidade encontre eco "nos corações de todos os que possuem posições de autoridade nos setores da vida social e civil da família humana, e nos leve todos a colocar em prática, não simplesmente uma atitude de tolerância, mas uma convivência verdadeira e pacífica".

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