16 de dezembro de 2024 Doar
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Esmoleiro do Papa realiza "gesto desesperado" para ajudar os necessitados em Roma

Cardeal Konrad Krajewski. | Conferência Episcopal Polonesa

O Cardeal Konrad Krajewski, Esmoleiro Pontifício e colaborador do Papa Francisco nas obras de caridade, realizou um "gesto desesperado" ao ligar os medidores de eletricidade de um edifício onde, durante vários dias, mais de 400 pessoas ficaram sem este serviço que foi cortado devido à falta de pagamentos.

O jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano (LOR), assinalou na edição de segunda-feira, 13 de maio, que no último sábado, 11, o Cardeal, ao ser "informado sobre a gravidade da situação em que se encontravam mais de 400 pessoas, dentre as quais muitas crianças, por causa do corte da empresa que fornece a energia elétrica por um problema de inadimplência, foi à via de la Santa Croce in Gerusalemme", no centro de Roma, "e reativou pessoalmente os medidores".  

"Eu intervim pessoalmente, ontem (sábado) à noite, para ligar novamente os medidores de energia. Foi um gesto desesperado. Havia mais de 400 pessoas sem eletricidade, com famílias e crianças, sem a possibilidade de fazer funcionar as geladeiras", disse o cardeal Krajewski à agência italiana ANSA.

O que o Cardeal fez, indica LOR, é "um gesto de humanidade realizado com a consciência das possíveis consequências que poderia sofrer, com a convicção de que era necessário fazê-lo para o bem dessas famílias".

"Se chegar alguma multa, pagarei", disse o Cardeal a alguns meios de comunicação italianos.

LOR também ressalta que por vários dias os moradores do local, sem água quente e sem poder utilizar as geladeiras, já recebiam ajuda do Vaticano com o envio de uma ambulância, médicos e comida.

Segundo ANSA, a dívida de energia elétrica acumulada desde 2013 ultrapassaria 300 mil euros, cerca de 337 mil dólares americanos.

O Esmoleiro também disse que neste edifício "há vidas humanas e estamos no coração de Roma. Quase 500 pessoas abandonadas ao seu próprio destino, famílias que não têm para onde ir, pessoas que lutam para sobreviver".

Por isso, disse, é importante fazer as seguintes perguntas: "Por que estão ali? Por qual motivo? Como é possível que as famílias se encontrem nesse tipo de situação?".

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