15 de dezembro de 2024 Doar
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Papa explica a diferença entre a Bíblia e os livros de História

Papa Francisco durante a Audiência Geral. | Daniel Ibáñez / ACI Prensa

O Papa Francisco explicou qual é a diferença entre a Bíblia e os livros de História: embora, como nos livros de história, a Bíblia contenha palavras e histórias humanas, "as palavras da Bíblia são tomadas do Espírito Santo, que dá uma força muito grande, uma força diferente que ajuda para que essa Palavra seja semente de santidade, semente de vida".

Após refletir sobre a oração do Pai-Nosso em suas últimas catequeses, o Santo Padre começou nesta quarta-feira, 29 de maio, durante a Audiência Geral na Praça de São Pedro, um novo ciclo de catequese sobre o Livro dos Atos dos Apóstolos.

"Esse livro bíblico, escrito por São Lucas Evangelista – explica o Pontífice – nos fala da viagem do Evangelho no mundo e nos mostra a ligação maravilhosa entre a Palavra de Deus e o Espírito Santo que inaugura o tempo da evangelização. Os protagonistas dos Atos dos Apóstolos são 'um casal' vivo e eficaz: a Palavra e o Espírito".

O Papa Francisco assinalou que "a Palavra de Deus corre, é dinâmica, irriga todo terreno sobre o qual ela cai. E qual é a sua força? São Lucas nos diz que a palavra humana se torna eficaz não graças à retórica, que é a arte do belo discurso, mas graças ao Espírito Santo, que é a dýnamis de Deus, a dinâmica de Deus, a sua força, que tem o poder de purificar a palavra, torná-la portadora de vida".

"Quando o Espírito visita a palavra humana, ela se torna dinâmica, como 'dinamite', capaz de iluminar os corações e anular esquemas, resistências e muros de divisão, abrindo novos caminhos e expandindo os confins do povo de Deus", destacou.

O Espírito "é aquele que dá sonoridade vibrante e eficiência à nossa palavra humana tão frágil, capaz até de mentir e fugir das próprias responsabilidades".

De fato, o "batismo no Espírito Santo é a experiência que nos ajuda a entrar em uma comunhão pessoal com Deus e participar de seu desejo universal de salvação, adquirindo o dom de parresia, a coragem, ou seja, a capacidade de pronunciar uma palavra 'como filhos de Deus', não somente como pessoas, mas como filhos de Deus: uma límpida, livre, eficaz, cheia de amor por Cristo e pelos irmãos".

Em sua catequese, o Papa Francisco também ressaltou que "o Senhor ressuscitado convida os seus a não viverem o presente com ansiedade, mas a fazer uma aliança com o tempo, saber esperar o desenrolar de uma história sagrada que não foi interrompida, mas que avança, a saber esperar os 'passos' de Deus, Senhor do tempo e do espaço".

O Papa concluiu sua catequese pedindo ao Senhor "para nos dar a paciência de esperar os seus passos, de não 'fabricar' nós mesmos a sua obra e permanecer dóceis, rezando, invocando o Espírito e cultivando a arte da comunhão eclesial".

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