10 de dezembro de 2024 Doar
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Papa Francisco revela qual é o segredo da alegria da Virgem Maria

Papa Francisco na Catedral de São José, em Bucareste, Romênia | VAMP

O Papa Francisco revelou qual é o segredo da alegria da Virgem Maria neste dia 31 de maio, festa da visitação de Maria à sua prima Santa Isabel, durante a primeira Missa de sua histórica viagem apostólica à Romênia.

Na Celebração Eucarística, realizada na Catedral Católica de São José, em Bucareste, onde chegou no papamóvel para saudar e abençoar os numerosos fiéis que o aguardavam nas ruas, o Papa Francisco centrou a sua homilia na passagem bíblica da Visitação de Maria a sua prima Isabel, na qual a Virgem recita a oração do 'Magnificat'.

Por isso, o Santo Padre assinalou que Maria "canta as maravilhas que o Senhor realizou na sua humilde serva, com o grande hino de esperança para aqueles que já não podem cantar porque perderam a voz", e acrescentou que o Magnificat é um "canto de esperança, que nos quer despertar também a nós convidando-nos a entoá-lo hoje por meio de três elementos preciosos que nascem da contemplação da primeira discípula: Maria caminha, Maria encontra, Maria rejubila".

Nesse sentido, o Santo Padre destacou que "Maria caminha, encontra e rejubila, porque trouxe algo maior do que Ela: foi portadora de uma bênção" e incentivou a anunciar o Evangelho com alegria e sem medo.

"Como Ela, não temamos, também nós, de ser portadores da bênção de que precisa a Romênia. Sede vós os promotores de uma cultura do encontro que desminta a indiferença e a divisão e permita a esta terra cantar, com força, as misericórdias do Senhor", exortou o Papa.

Segredo do cristão

Durante a homilia, o Papa Francisco também recordou a importância da alegria e explicou qual é o segredo do cristão e da alegria de Nossa Senhora.

"Este é o segredo do cristão: Deus está no meio de nós como poderoso salvador. Esta certeza – como sucedeu com Maria – permite-nos cantar e exultar de alegria. Maria rejubila, porque é a portadora do Emanuel, do Deus conosco", assinalou o Papa, destacando que, "sem alegria, permanecemos paralisados, escravos das nossas tristezas".

Deste modo, Francisco explicou que, "muitas vezes, o problema da fé não é tanto a falta de meios e estruturas, de quantidade, nem sequer a presença de quem não nos aceita", mas que "o problema da fé é a falta de alegria. A fé vacila quando nos arrastamos na tristeza e no desânimo", afirmou.

"Quando vivemos na desconfiança, fechados em nós mesmos, contradizemos a fé, porque, em vez de nos sentirmos filhos pelos quais Deus faz grandes coisas, reduzimos tudo à medida dos nossos problemas e esquecemo-nos de que não somos órfãos: temos no meio de nós um Pai, salvador e poderoso. Maria vem em nossa ajuda, porque, em vez de reduzir, magnifica, isto é, 'engrandece' o Senhor, louva a sua grandeza", explicou.

Segredo da alegria de Maria

Nesse sentido, o Papa Francisco revelou "o segredo da alegria. Maria, pequena e humilde, parte da grandeza de Deus e, apesar dos seus problemas que não eram poucos, permanece na alegria, porque em tudo confia no Senhor. Lembra-nos que Deus sempre pode fazer maravilhas, se permanecermos abertos a Ele e aos irmãos".

Mais uma vez, o Santo Padre recordou os numerosos mártires cristãos e animou a pensar "nas grandes testemunhas destas terras! Pessoas simples, que confiaram em Deus no meio das perseguições", que "não colocaram a sua esperança no mundo, mas no Senhor, e assim continuaram para diante", encorajou o Papa.

Por isso, o Santo Padre agradeceu a "estes vencedores humildes, a estes santos de ao pé da porta que nos apontam o caminho. As suas lágrimas não foram estéreis, foram oração que subiu ao Céu e irrigou a esperança deste povo", exclamou.

Ao concluir, o Papa Francisco convidou a promover "uma cultura do encontro que desminta a indiferença e a divisão e permita a esta terra cantar, com força, as misericórdias do Senhor".

Uma cultura de encontro que "nos impele, a nós cristãos, a experimentar o milagre da maternidade da Igreja que procura, defende e une os seus filhos. Na Igreja, quando se encontram ritos diferentes, quando em primeiro lugar não vêm as próprias afiliações, o próprio grupo ou a própria etnia, mas o Povo que, junto, sabe louvar a Deus, então acontecem grandes coisas".

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