21 de novembro de 2024 Doar
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Visitou o Santíssimo cada dia de sua vida graças a menina que morreu pela Eucaristia

Arcebispo Fulton Sheen | Wikipédia (Domínio público)

O Arcebispo Fulton Sheen, Servo de Deus em processo de beatificação e a quem é atribuído um possível milagre, contou meses antes da sua morte em 1979 que sua maior inspiração foi uma menina chinesa de onze anos que morreu pela Eucaristia.

O Arcebispo Sheen relatou durante uma entrevista que quando os comunistas se apoderaram da China por volta do século XX, prenderam um sacerdote em sua própria reitoria próximo à Igreja. O sacerdote observou assustado, de sua janela, como os comunistas invadiram o templo.

Eles pegaram do tabernáculo as âmbulas com as espécies sagradas, atirando-a ao chão, espalharam-se as 32 hóstias consagradas. Na parte de trás da igreja havia uma menininha que rezava e viu tudo o que tinha acontecido.

À noite, a pequena regressou e, escapando da guarda posta na reitoria, entrou no templo. Ali, fez uma hora santa de oração, um ato de amor para reparar o ato sacrílego. Depois, ajoelhou-se e, inclinando-se para frente, com sua língua comungou uma das Sagradas Hóstias. Cabe recordar que, naquele tempo, os leigos não podiam tocar a Eucaristia com suas mãos.

A menina regressou a cada noite e, depois de sua hora santa, recebia Jesus Eucarístico na língua. Na trigésima segunda noite, depois de consumir a última hóstia, acidentalmente fez um barulho que despertou o guarda. Este correu atrás dela, agarrou-a e golpeou-a até matá-la com a parte posterior de sua arma.

O sacerdote preso presenciou profundamente abatido este ato de martírio heroico. Posteriormente, quando o Arcebispo Sheen escutou o relato, prometeu a Deus que faria uma hora santa diária diante de Jesus Sacramentado, pelo resto de sua vida.  

A pequena ensinou ao Bispo a coragem e o amor que devemos ter pelo Santíssimo Sacramento e como a fé pode vencer o medo porque o verdadeiro amor à Eucaristia deve transcender à própria vida.

Sobre o Servo de Deus Arcebispo Sheen

O Arcebispo Sheen nasceu no dia 8 de maio de 1895 nos Estados Unidos. Foi ordenado sacerdote em 1919 e logo se tornou uma pessoa importante no rádio, na década de 1930.

Foi anfitrião do programa de rádio "Hora Católica" e do programa de televisão "A Vida vale a pena ser vivida", ganhador do Emmy, e chegou a uma audiência de milhões de pessoas durante sua carreira nos meios de comunicação.

O Servo de Deus Fulton Sheen escreveu vários livros e dirigiu a Sociedade para a Propagação da Fé nos Estados Unidos.

O Arcebispo dedicou o dinheiro obtido com seus livros às missões no exterior. Seu trabalho ajudou a criar 9 mil clínicas, 10 mil orfanatos 1200 escolas. As instituições ajudadas através das suas doações atualmente educam 80 mil seminaristas e 9 mil religiosas.

O Servo de Deus continuou sendo uma figura líder do catolicismo nos Estados Unidos até sua morte, em 1979, aos 84 anos de idade.

Dom Jenky iniciou a causa de canonização do Arcebispo Sheen em 2002. Em 2012 o Papa Bento XVI reconheceu as virtudes heroicas de Fulton Sheen e em março de 2014 uma declaração médica do Vaticano certificou que o milagre atribuído a sua intercessão não podia ser explicado pela ciência.

Este milagre foi a cura de James Fulton Engstrom, um menino que aparentemente havia nascido morto em setembro de 2010, filho de Bonnie e Travis Engstrom, no povoado de Goodfield, na região de Peoria.

O pequeno James não mostrou sinais de vida quando os médicos tentaram reanimá-lo, por isso, seus pais pediram ao Servo de Deus para que o curasse.

Apesar de o bebê não apresentar pulsação durante uma hora depois do seu nascimento, seu coração começou a bater outra vez.

O estudo deste possível milagre também obteve o visto da Comissão de Teólogos em junho de 2014.

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