22 de dezembro de 2024 Doar
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Sínodo para Amazônia consideraria possível ordenação de homens casados

Imagem referencial. Crédito: Luis Ángel Espinosa, Legionário de Cristo da Cidade do México

O Instrumentum laboris da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, publicado em 17 de junho, recomenda, entre outras coisas, estudar a possibilidade da ordenação sacerdotal de homens idosos casados em áreas remotas.

"Afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã", assinala o parágrafo 129 do documento.

Isso abre as portas para a discussão sobre a ordenação de viri probati, termo que se refere a homens maduros e casados, durante a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Região Pan-Amazônica, que será realizado no Vaticano de 6 a 27 de outubro.

A lei canônica para a Igreja Católica Latina proíbe a ordenação de homens casados ​​ao sacerdócio, com exceções limitadas à ordenação de líderes eclesiais anglicanos e protestantes que se converteram ao catolicismo.

O documento de trabalho, que pede "uma Igreja com rosto indígena e amazônico", também recomenda que o Sínodo identifique um "tipo de ministério oficial que pode ser conferido à mulher, tendo em consideração o papel central que hoje ela desempenha na Igreja amazônica".

Dom Fabio Fabene, subsecretário do Sínodo dos Bispos, destacou o chamado do documento a novos ministérios leigos.

"Nesse sentido, podemos nos perguntar sobre qual o ministério oficial que pode ser concedido às mulheres", disse Dom Fabene em uma coletiva de imprensa no Vaticano em 17 de junho.

Esclareceu que "o documento não fala do diaconato feminino, já que o Papa já se expressou sobre o assunto na Assembleia dos Superiores Gerais, declarando que o assunto precisa de mais estudos. De fato, a comissão de estudos estabelecida em 2016 não chegou a uma opinião unânime sobre o tema".

O documento de trabalho do Sínodo, intitulado "Amazônia: Novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral", está dividido em três seções sobre culturas amazônicas, problemas ambientais e econômicos e os enfoques pastorais para a Igreja na região.

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