MEDELIM, Jun 28, 2019 / 14:00 pm
María Camila Ospina, uma jovem colombiana que representa todas as organizações que promovem a Declaração da Juventude a favor da vida, da família e da liberdade de consciência, disse à OEA que milhões de jovens exigem a proteção destes princípios e que não estão dispostos a "viver na visão de futuro que vocês querem impor".
Em sua apresentação por ocasião da Assembleia da OEA realizada em Medellín (Colômbia), Ospina explicou que a declaração foi assinada por muitos jovens que "vemos a enorme necessidade de garantir juntos um futuro melhor e influenciar na construção de sociedades fortes, livres, justas e democráticas".
"Queremos deixar claro que nós, jovens, repudiamos a manipulação e a ignorância de nossas necessidades. Não nos sentimos representados por suas decisões e não estamos dispostos a viver na visão de futuro que vocês querem impor", disse a jovem.
"Queremos proteger o ser humano, a vida, a família; queremos promover o desenvolvimento, a liberdade, o Estado de direito, e queremos deixar de lado a promoção ideológica, para nos concentrar em atender às necessidades reais de nossa geração", ressaltou.
Em seguida, a jovem disse à OEA que "estamos à mercê de sua vontade sem fundamentos, das conveniências políticas e econômicas. Vocês distorceram até mesmo o texto dos tratados internacionais, sobre os quais os Estados se submeteram e que nós também respaldamos e celebramos seus 50 anos".
A Declaração da Juventude "Sobre os princípios e valores, para um futuro melhor na América e no mundo", à qual Ospina se refere, é promovida por Human Solidarity International e foi levada à Assembleia da OEA que se realiza de 23 a 28 de junho.
O texto busca promover neste organismo os princípios sólidos da dignidade e dos direitos humanos, incluindo o respeito pela vida desde a concepção até a morte natural.
O documento é resultado da III Cúpula Transatlântica da Colômbia 2019, organizada pela Rede Política pelos Valores (Political Network for Values) e Human Solidarity International, realizada em abril.
Em seu discurso, Ospina também advertiu que "em nossos Estados e aqui na OEA, nossa voz foi arrebatada. Tentou-se unificar a opinião e os interesses dos jovens com ideias que não compartilhamos, ou que não estão de acordo com os verdadeiros ideais em que acreditamos, nem dos princípios dos quais somos portadores e garantidores".
"Os jovens do mundo sonhamos com que os nossos Estados estejam a serviço da (...) família, que é a base de nossa sociedade e origem da educação. Se temos famílias fortes, temos cidadãos e sociedades fortes", continuou.
"Sonhamos com Estados onde se respeite a dignidade humana e se promova seu desenvolvimento integral, o que será possível apenas se reconhecemos o valor de cada ser humano desde o momento da concepção até a morte natural".
María Camila Ospina explicou depois que "o verdadeiro desenvolvimento de nossas nações só será possível quando tivermos o ser humano no centro de nossos projetos, sabendo que a fonte última dos direitos humanos não está na vontade das pessoas, na realidade do Estado, nos poderes públicos ou internacionais, mas na dignidade de todo ser humano".
A Declaração da Juventude pode ser assinada acessando AQUI.
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