REDAÇÃO CENTRAL, Jul 9, 2019 / 09:19 am
Em um discurso há 72 anos, o Arcebispo norte-americano Fulton Sheen, que em breve será beatificado pelo Vaticano, profetizou muitos dos problemas vividos pelo mundo pós-moderno como o mal do aborto ou a ruptura da instituição familiar.
"Estamos no fim da cristandade", disse o Arcebispo Fulton Sheen durante uma transmissão de rádio em 26 de janeiro de 1947; depois, esclareceu que não estava se referindo ao cristianismo ou à Igreja, mas à cristandade como "uma vida econômica, política e social inspirada por princípios cristãos".
"Isso está terminando, nós o temos visto morrer. Veja os sintomas: a ruptura da família, o divórcio, o aborto, a imoralidade, a desonestidade geral", disse o Prelado.
Naquele momento, perguntou-se: "Por que tão poucos percebem a gravidade de nossa atual crise?". E respondeu: "Em parte porque os homens não querem acreditar que seus próprios tempos são ruins, em parte porque envolve demasiada autoacusação e, principalmente, porque não têm padrões fora de si mesmos para avaliar seu tempo".
"Somente aqueles que vivem pela fé sabem realmente o que está acontecendo no mundo. As grandes massas sem fé estão inconscientes dos processos destrutivos que ocorrem", afirmou.
O Arcebispo Sheen se perguntou se o mundo é consciente dos sinais dos tempos, porque "os dogmas básicos do mundo moderno se dissolveram diante de nossos olhos". Assegurou que estes foram substituídos por suposições que vêm da mente do homem.
Em primeiro lugar, que "não há outra função na vida que a de produzir e adquirir riqueza". Segundo, "a ideia de que o homem é naturalmente bom e não precisa de um Deus que lhe dê direitos, ou de um Redentor que o salve da culpa, porque o progresso é automático graças à educação e à evolução da ciência, que algum dia fará do homem uma espécie de deus".
Finalmente, outra suposição abrange a ideia de que a "razão" não é feita para "descobrir o significado e propósito da vida, ou seja, a salvação da alma, mas simplesmente planejar novos avanços técnicos".
"A tecnologia não está avançando a um ritmo vertiginoso, exigindo a obediência de grande parte da população?", perguntou-se o Arcebispo Sheen.
Em seguida, o Arcebispo disse que o futuro terá dois tipos de pessoas: aquelas seguidoras do Deus que se fez homem e outros homens que "se fazem deus".
Mesmo naquela época de 1947, o Arcebispo Sheen criticou "a mediocridade e o compromisso que caracterizam as vidas de muitos cristãos".
"Muitos leem os mesmos romances que os pagãos modernos, educam seus filhos da mesma forma ímpia, escutam os mesmos comentaristas que não têm outra norma a não ser julgar hoje por ontem e amanhã por hoje, permitem que práticas pagãs, como divórcio e novos casamentos sejam introduzidos na família; não faltam os chamados líderes operários católicos que recomendam comunistas para o Congresso ou escritores católicos que aceitam as presidências nas organizações da frente comunista para inculcar ideias totalitárias nos filmes", criticou.
Também reconheceu que "não há mais conflito e a oposição que supostamente deve caracterizar" os católicos, os quais estão "influenciando no mundo menos do que o mundo os influencia".
Em outro momento, o Arcebispo Sheen fez uma descrição dos cristãos atuais, ou seja, pessoas que defendem a fé, a vida e o matrimônio.
"O mal deve vir para nos rejeitar, desprezar, para nos odiar, para nos perseguir, e depois definiremos nossas lealdades, afirmaremos nossas alianças e afirmaremos de que lado estamos. Como se manifestarão as árvores fortes e fracas se o vento não soprar? Nossa quantidade diminuirá, mas nossa qualidade aumentará. Então, serão verificadas as palavras do Nosso Mestre: Aquele que não se reúne comigo , se dispersa", indicou.
Como os profetas de antigamente, o Arcebispo Sheen permaneceu firme na esperança, dando recomendações práticas que hoje são tão atuais quanto eram em 1947.
Primeiro, que os cristãos "devem perceber que um momento de crise não é um momento de desespero, mas de oportunidades" e "quanto mais pudermos antecipar o destino, mais poderemos evitá-lo".
O Arcebispo Sheen também ofereceu este grande alento cheio de esperança: "Uma das surpresas do céu será ver quantos santos foram feitos em meio ao caos, à guerra e à revolução".
Sheen exortou todas as pessoas a rezarem: "As forças do mal estão unidas; as forças do bem estão divididas. É possível que não possamos nos reunir no mesmo banco, mas podemos nos encontrar de joelhos".
Em outro momento, afirmou que "o problema mais importante no mundo de hoje é a sua alma, porque é disso que se trata a luta".
Finalmente, pediu para buscar os sacramentos, rezar o Terço em família, participar da Hora Santa e invocar a proteção de São Miguel Arcanjo.
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