17 de dezembro de 2024 Doar
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Caso Emanuela Orlandi: Estudam restos mortais encontrados em um cemitério do Vaticano

Abertura dos túmulos das princesas alemãs no Cemitério Teutônico. | Vatican Media

Em um novo capítulo do conhecido como Caso Orlandi, a Santa Sé abriu na manhã de sábado, 20 de julho, dois novos ossuários no Cemitério Teutônico, dentro dos muros do Vaticano. Os ossuários continham restos mortais que estão sendo estudados.

Esta é uma operação enquadrada na busca da menina Emanuela Orlandi, filha de um funcionário do Vaticano, que desapareceu em circunstâncias estranhas em 22 de junho de 1983, aos 15 anos.

No dia 11 de julho, os funcionários do Vaticano abriram, por decreto do Promotor de Justiça do Tribunal do Estado da Cidade do Vaticano, os túmulos de duas princesas alemãs, no Cemitério Teutônico, para verificar se os restos mortais da menina estavam dentro deles.

No entanto, para surpresa de todos os presentes, entre os quais estava o advogado da família Orlandi, os túmulos estavam vazios. Nem mesmo os restos das princesas Sophie von Hohenlohe e Carlotta Federica de Mecklenburg, supostamente enterrados neles, apareceram.

O motivo pelo qual decidiram investigar estes dois túmulos foi o recebimento de uma carta anônima por parte da família Orlandi, na qual era sugerido que o cadáver poderia estar escondido em um deles.

A carta incluía uma fotografia do túmulo com a frase "procure onde o anjo indica". Em particular, as pistas sugeriam o "Túmulo do Anjo", que tem um livro aberto com a inscrição "Requiescat in pace" (descanse em paz).

De acordo com as investigações documentais posteriores à abertura dos túmulos, o Cemitério Teutônico passou por obras de melhoria nos anos sessenta e setenta, durante os quais os restos das princesas poderiam ter sido transladados para outra parte do Campo Santo.

Esta mesma investigação também permitiu a identificação de dois outros ossuários localizados sob o pavimento de uma área dentro do Pontifício Colégio Teutônico.

A abertura destes ossuários ocorreu às 9h de sábado, 20 de julho, segundo informou aos meios de comunicação o diretor interino da Sala de Imprensa do Vaticano, Alessandro Gisotti.

Nesta ocasião, encontraram restos ósseos no interior, que foram analisados e estudados pelo professor Giovanni Arcudi e sua equipe, na presença do perito de confiança nomeado pela família Orlandi, segundo os protocolos reconhecidos no âmbito internacional.

No momento, o resultado da primeira avaliação dos restos é desconhecido. É preciso esperar até o próximo sábado, 27 de julho, data marcada pelo Gabinete do Promotor de Justiça, para conhecer o relatório aprofundado da análise morfológica dos restos encontrados nos ossuários.

Gisotti enfatizou em sua declaração que "a nova iniciativa atesta, mais uma vez, depois das investigações do último dia 11, a disponibilidade da Santa Sé para com a família de Emanuela Orlandi. Disponibilidade demonstrada, desde o início, quando aceitou o pedido de investigações no Campo Santo Teutônico, mesmo com base numa assinalação anônima".

Desaparecimento de Emanuela Orlandi

Emanuela Orlandi desapareceu em 22 de junho de 1983, ao sair da escola de música de Santo Apolinário, em Roma. Desde então, todos os esforços para localizar seu paradeiro fracassaram. No momento de seu desaparecimento, a jovem tinha 15 anos.

Embora não haja nenhuma resposta oficial para o mistério, algumas envolvem membros da máfia, membros do clero corruptos ou ativistas da "Frente de Libertação Turca" que exigia a libertação de Ali Agca, o qual tentou assassinar João Paulo II na Praça de São Pedro em 1981.

A investigação deu um primeiro giro em 2012, quando a família pediu para investigar restos ósseos não identificados que foram encontrados ao lado do túmulo do líder da máfia romana Enrico De Pedis, na Basílica de Santo Apolinário. Os estudos forenses, no entanto, indicaram que aqueles ossos não eram de Emanuela Orlandi.

Um novo episódio ocorreu em 2018, com a aparição no porão da Nunciatura de Roma de alguns ossos que, segundo especulações, poderiam ser da menina. As investigações científicas revelaram que os restos eram anteriores a 1964 e, portanto, era impossível que fosse da menina desaparecida.

Assim, chegou-se a este novo episódio após a família Orlandi receber uma carta anônima em março indicando o "Túmulo do Anjo".

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