22 de novembro de 2024 Doar
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Papa escreve ao presidente sírio e pede para pôr fim à crise humanitária

Ruas em ruínas na Síria. | Cortesia Irmã Guadalupe

O Papa Francisco expressou ao presidente da Síria, Bashar Hafez al-Assad, sua preocupação com a crise humanitária neste país do Oriente Médio, imerso em uma sangrenta guerra civil desde 2011.

O Santo Padre expressou sua preocupação ao presidente sírio através de uma carta entregue em mãos a al-Assad pelo Cardeal Peter Turkson, Prefeito da Congregação para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

O Cardeal Turkson se encontrou na manhã desta segunda-feira, 22 de julho, em Damasco, com o presidente al-Assad, junto com uma delegação na qual também estavam presentes o Cardeal Mario Zenari, Núncio Apostólico na Síria, e o subsecretário do Dicastério, Pe. Nicola Riccardi.

Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, informou aos meios de comunicação, a carta "expressa a profunda preocupação do Papa pela situação humanitária na Síria com particular referência às dramáticas condições da população civil em Idlib".

Além disso, segundo o Diretor Editorial do Departamento de Comunicação, Andrea Tornielli, a carta do Papa pede por "proteção da vida dos civis, deter a catástrofe humanitária na região de Idlib, iniciativas concretas por um retorno seguro dos deslocados, libertação de prisioneiros e acesso às famílias a informações de seus entes queridos, condições de humanidade para os presos políticos".

Junto com esses pedidos, o Papa também faz "um apelo renovado para a retomada do diálogo e a negociação com o envolvimento da comunidade internacional".

Em Idlib, uma cidade ao norte da Síria, estão se concentrando os principais combates entre o exército sírio, junto com os aliados russos, e as forças rebeldes contrárias ao regime de al-Assad.

De fato, o Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou sobre um bombardeio recente feito por aviões de guerra russos sobre a cidade e que provocou a morte de 19 pessoas e 50 feridos, a maioria deles eram civis.

A região é habitada por mais de 3 milhões de pessoas. Entre elas, vivem mais de um milhão de refugiados internos, que tentaram encontrar proteção na região, porque, há um ano, tinha sido declarada desmilitarizada e agora se encontram presos em meios aos combates.

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