23 de dezembro de 2024 Doar
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Líder pró-vida chama de "herege" jesuíta que propôs que mulheres preguem na Missa

Abby Johnson | Pe. James Martin SJ - Crédito: Facebook de Abby Johnson de Shaby / Flickr de Shawn (CC BY-NC 2.0)

Abby Johnson, ex-diretora de uma clínica da multinacional abortista Planned Parenthood e hoje proeminente líder pró-vida, disse no Twitter que "não se associa com hereges", referindo-se a Pe. James Martin, que propôs que as mulheres também preguem nas Missas.

A reação de Johnson, assim como de centenas de pessoas, ocorreu em 22 de julho, depois que o sacerdote jesuíta propôs no Twitter que as mulheres leigas, e não apenas sacerdotes e diáconos, façam homilias durante as Missas, apesar das advertências bíblicas, do direito canônico e do ensinamento da Igreja contra essa prática.

Além disso, o sacerdote compartilhou um artigo da revista jesuíta "América" ​​– da qual ele é o diretor – escrito por Jean Molesky-Poz, um professor universitário que foi autorizado a pregar nas Missas durante vários anos em uma paróquia no norte da Califórnia (Estados Unidos), até que um novo bispo entrou na diocese e reservou as pregações da Missa aos sacerdotes e diáconos.

A publicação de Pe. James Martin gerou um extenso debate na rede social.

"Surpreende-me que as mulheres não possam pregar na Missa. Tanto os fiéis durante a missa como os que a presidem estão perdendo a sabedoria, a experiência e as reflexões inspiradas de metade de seus membros. Santa Maria Madalena, rogai por nós", escreveu Pe. Martin no Twitter, em 22 de julho.

Em resposta, Abby Johnson escreveu: "O que me surpreende é que você ainda seja considerado um sacerdote de boa reputação".

Por sua vez, Pe. Martin disse que "fica decepcionado que alguém com tantos seguidores e fazendo um trabalho tão bom para a Igreja (Abby Johnson) recorra a um argumento ad hominem. E, sim, de fato, sou um sacerdote de boa reputação".

Imediatamente, Johnson lhe disse que deveria "aprender dos sacerdotes fiéis" e anexou uma imagem com uma mensagem do Venerável Arcebispo Fulton Sheen: "Diz-se que a América está sofrendo de intolerância. Não está. Está sofrendo de tolerância: tolerância do bem e do mal, verdade e erro, virtude e mal, Cristo e caos".

A mensagem termina assim: "Nosso país não está lotado com o intolerante, está invadido pelos de mente aberta. O homem que pode pensar de uma maneira ordenada... é chamado de fanático; mas um homem que não pode tomar uma decisão, como também não pode compensar o tempo perdido, é chamado de tolerante e de mentalidade aberta".

Depois, uma usuária do Twitter pediu que Abby Johnson trabalhasse junto com Pe. James Martin em vez de se dividir.

A resposta de Abby foi contundente: "Não me associo com hereges". Em outro tuíte, disse ao sacerdote jesuíta que ele "é responsável" por "tanto escândalo em nossa bela Igreja".

Pe. James Martin, que desde 2017 foi nomeado pelo Papa Francisco como um dos consultores da Secretaria de Comunicação do Vaticano, também aprovou várias vezes as relações homossexuais e a transexualidade na Igreja.

O site oficial dos bispos alemães recentemente levantou a ideia de que as mulheres preguem a homilia na Missa, uma opinião que teve a adesão de Pe. James Martin em suas publicações no Twitter.

O 'National Catholic Register' publicou um artigo que afirma que as mulheres já servem a Igreja em muitos papéis importantes "como leitoras leigas, ministras extraordinárias da Eucaristia, música, catequistas, professoras de teologia, visitantes de hospitais, assistentes administrativas e assistentes sociais".

Sobre esta questão, o numeral 767 do Código de Direito Canônico é claro: "Entre as formas de pregação, destaca-se a homilia, que é parte da própria liturgia e se reserva ao sacerdote ou diácono".

"A pregação dos fiéis leigos não pode ocorrer dentro da celebração da Eucaristia no momento reservado para a homilia", afirmam os bispos dos Estados Unidos em suas regras sobre "Pregação dos Leigos".

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