Kampala, Jul 30, 2019 / 08:57 am
Durante a Assembleia Plenária no Jubileu de Ouro das Conferências Episcopais da África e Madagascar (SECAM), os prelados africanos elegeram como seu presidente o Bispo de Ouahigouya, Philippe Ouédraogo.
A celebração do Jubileu do Simpósio de SECAM e sua 18ª Assembleia Plenária aconteceram de 19 a 29 de julho, em Kampala (Uganda), com o tema: "Para que conheçam a Cristo e tenham vida em abundância".
Em sua mensagem final, publicada em 28 de julho, SECAM chamou seu jubileu de ouro de "um tempo de ação de graças" e de comunhão.
O simpósio disse que o jubileu é "um compromisso a serviço da reconciliação, da justiça e da paz que promove a comunhão e a solidariedade pastoral que nos permite nos unir contra: a colonização ideológica, monopólio de terras, desestabilização política e democrática, tráfico de seres humanos, terrorismo e tráfico de armas, etc.".
Os bispos dizem que SECAM deve ser "um sinal de esperança, especialmente para as famílias e nossos países".
Do mesmo modo, assinalaram que "a família fundada na união de homens e mulheres continua sendo o primeiro lugar de evangelização; é por isso que SECAM continua insistindo em sua importância, vocação e natureza conforme ordenado por Deus".
Em outro momento, os prelados enfatizaram a importância do desenvolvimento humano integral e "as dimensões sociopolíticas da evangelização", e pediram aos "políticos e governos que trabalhem pelo bem-estar de seu povo".
Os mártires de Uganda, disseram os bispos, "nos lembram da importância de permanecermos fiéis à nossa fé em Cristo e ao nosso compromisso batismal. São também modelos para todos os batizados, especialmente os catequistas".
Carlos Lwanga, José Mkasa, junto com seus 20 companheiros, foram martirizados entre 1885 e 1887, em Uganda, por terem fundado a Sociedade dos Missionários da África, conhecida como os Padres Brancos, que foi responsável pela evangelização daquele continente durante o século. XIX.
SECAM também apontou que as crianças "devem receber atenção especial e educação cristã de qualidade para serem testemunhas eficazes de Cristo".
Chamaram a atenção para o "papel insubstituível" das mulheres na Igreja e na sociedade, dizendo que "sua participação na educação e na evangelização é indispensável".
Na assembleia plenária, os membros de SECAM também fizeram uma série de compromissos e exortações.
Comprometeram-se a investir "mais profundamente na formação bíblica, teológica, moral e espiritual de todos os batizados; alimentá-los com a Palavra de Deus e os sacramentos, para que possam fazer o evangelho penetrar em todos os aspectos da vida", e fazer do jubileu "um trampolim para a nova evangelização".
Os bispos também se comprometeram a promover "a formação humana e a educação profissional, moral e espiritual de crianças e jovens e ajudá-los a estar mais profundamente enraizados nos valores do evangelho", bem como a aprofundar a colaboração com líderes políticos e torná-los responsável "por colocar os nossos recursos humanos e naturais a serviço do desenvolvimento, reconciliação, justiça e paz".
Também exortaram as comunidades religiosas a serem fiéis à sua vocação e a participarem do "intercâmbio missionário" entre as dioceses, e recomendaram que "a formação dos sacerdotes visasse ajudá-los a desenvolver um relacionamento pessoal mais íntimo com Cristo, a maturidade humana e espiritual, um senso de serviço e responsabilidade e paixão pela missão da igreja".
"Encorajamos as Igrejas particulares a participarem na formação, acompanhamento e orientação dos funcionários públicos e políticos em seus respectivos lugares para combater a corrupção, promover um bom governo e uma melhor gestão dos recursos humanos e naturais", acrescentaram os bispos.
SECAM elegeu Dom Sithembele Sipuka, de Mthatha, como seu primeiro vice-presidente, e Dom Lucio Muandula, de Xai-Xai, seu segundo vice-presidente. Pe. Terwase Henry Akaabiam foi nomeado secretário geral.
O simpósio surgiu dos desejos dos bispos africanos no Concílio Vaticano II de falar com uma só voz.
O Cardeal Ouédraogo anunciou que SECAM emitirá o "Documento de Kampala" após a assembleia, para "ajudar o povo de Deus a aprofundar seu conhecimento de Cristo nosso Salvador e torná-lo conhecido como o Caminho, a Verdade e a Vida".
O simpósio pretende que o documento "se torne um texto de referência para nossa missão".
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