21 de novembro de 2024 Doar
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Cardeal assegura que encontrou fé e não ódio em cristãos perseguidos por terroristas

Imagem referencial Crédito: Pixabay | Domínio público.

O Cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, assinalou em 3 de agosto que em suas viagens às populações cristãs perseguidas pelo terrorismo islâmico encontrou fé em meio ao sofrimento, mas nunca ódio.

Segundo a agência vaticana Fides, ao celebrar a Missa na Catedral de Santo Estêvão, na diocese italiana de Concórdia-Pordenone, o Cardeal Filoni assinalou: "Posso dar testemunho, como Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos" de ter "sido muitas vezes testemunha do sofrimento, mas não do ódio, de muitos cristãos".

"Estou pensando aqui, por exemplo, nos rostos de milhares de pessoas, cristãos, yazidis, khaki, etc., que foram expulsos nos meses de julho e agosto de 2014 pelos chamados terroristas do califado que primeiro tomaram Mossul e depois a Planície de Nínive no Iraque".

"Nestes rostos havia angústia, havia todo o drama daqueles que perderam tudo, mas 'não a fé, nem a própria dignidade humana', como um cristão leigo na cidade de Alqosh me disse: 'Eu não tenho nada, mas conservo a fé!'".

A Missa presidida pelo Cardeal Filoni foi por ocasião de uma antiga tradição da Igreja, que recorda, no dia 3 de agosto, o encontro milagroso das relíquias de Santo Estêvão, o primeiro mártir cristão, em Jerusalém, no ano 415 d.C..

Santo Estêvão, destacou o Purpurado, "ofereceu sua própria vida para dar testemunho de Cristo diante dos furiosos legalistas e escribas da Sinagoga de 'Liberti' em Jerusalém. As pessoas que, depois de ter odiado e condenado Cristo à Cruz, agora o odeiam. Assim como Cristo morreu perdoando aqueles que o crucificaram, Estêvão também morreu perdoando aqueles que o condenaram e o apedrejaram".

O Cardeal assinalou que atualmente o caminho da Igreja no mundo é marcado por "mártires e perseguições", devido ao "ódio real inclusive em países de antiga tradição cristã e agora também em lugares virtuais e nos meios de comunicação (Facebook, Instagram, etc.), onde o anonimato muitas vezes excita o pior da alma humana".

Além disso, ressaltou os encontros que teve com sobreviventes de ataques a igrejas no Sri Lanka, "onde centenas de cristãos e outros foram mortos por terroristas islâmicos, na manhã da Páscoa, enquanto participavam da Missa: mulheres, crianças, homens e idosos".

"Nos olhos dos sobreviventes e de seus familiares que me mostravam as imagens de seus próprios entes queridos em seus telefones, havia um sofrimento indescritível, tristeza e emoção profunda, mas não ódio".

"'Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo'. Estas são as palavras do Evangelho de hoje e vieram à minha mente enquanto escutava e via as lágrimas das famílias destruídas", expressou.

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