REDAÇÃO CENTRAL, Aug 7, 2019 / 13:00 pm
"Quando estava no Reformed Bible College, estudando para ser uma missionária protestante, lembro-me tristemente de ter jogado um terço que me deram, cheia de medo ao vê-lo", explicou Amanda em um artigo de 'National Catholic Register'.
Nesse episódio, mencionou que, embora seu coração "tenha ficado destroçado ao fazê-lo", tinha um medo profundo de ter um terço por perto, devido a todos os argumentos doutrinários enganosos que "se opunham agressivamente à oração do Terço" ou a qualquer devoção mariana, que tinha escutado durante a sua vida.
Mesmo meses depois de entrar em plena comunhão com a Igreja Católica e servir como voluntária para as Missionárias da Caridade, ficava aterrorizada de ofender o Senhor se rezasse o Terço.
"Ficava profundamente perturbada porque as irmãs sempre usavam um grande rosário completo em volta de suas cinturas e rezavam o Terço sempre que podiam, abraçando os ensinamentos da Madre Teresa: 'agarrar-se ao Terço como a enredadeira se agarra à árvore, porque sem Nossa Senhora, não podemos suportar'", recordou.
As irmãs de Madre Teresa "tinham um grande zelo ao pedir" às famílias que rezassem o Terço. "Com coragem e sinceridade, batiam nas portas com os terços nas mãos, perguntando se poderiam rezar um terço com a família abrigada em seu interior. No meio da cultura da morte, onde as famílias são abaladas pelas tempestades de confusão e angústia, o Terço cotidiano pode atuar como uma arca da salvação", explicou.
No entanto, assinalou que, às vezes, ouvir as irmãs rezando fazia com que ela chorasse, "enquanto lutava para descobrir a verdade real e crua sobre os dogmas marianos".
Nesse sentido, começou a se questionar. "Estava dizendo que a Ave Maria era realmente uma blasfêmia, como me disseram desde a infância, tantas pessoas que eu amava e confiava? O que havia de errado em rezar só a Jesus? Por que alguém 'precisava' rezar à Mãe Santíssima? Onde a devoção mariana era mencionada na Sagrada Escritura?", perguntava-se.
Assim, começou a ler livros diferentes com o objetivo de encontrar respostas para suas dúvidas. "Refleti sobre os escritos dos primeiros Padres da Igreja, Thomas Merton, Santo Tomás de Aquino, São Bento, Santa Teresa d'Ávila, Cardeal John Neumann e muitos outros", afirmou.
Da mesma forma, "lia e relia livros", tais como: "Surpreendido pela verdade"; "História de conversão do Cardeal Newman"; "Nascido fundamentalista, nascido de novo católico"; "Roma, doce lar"; e "histórias sobre a Serva de Deus Dorothy Day". Além disso, lia testemunhos dos primeiros santos que apreciavam a oração do Terço, assim como dos cristãos ortodoxos gregos e até do próprio Martinho Lutero, que a deixou "perplexa".
Segundo Amanda, os devotos, conservadores anglicanos e luteranos, assim como alguns cristãos ortodoxos, mantêm a tradição da devoção mariana com todo o seu coração. "Por que Calvino e Zuinglio a abandonaram, e o que isso significou para mim?", questionou-se.
Em outro momento, recordou que a Santíssima Virgem "curou seus medos e lançou luz sobre as mentiras ameaçadoras que tinham contado para mim sobre a sagrada devoção do Terço".
"Pouco a pouco, principalmente rezando a bela e venerável oração do próprio Terço, encontrei a paz ao rezá-lo", indicou Amanda, acrescentando que suas orações à Virgem eram cada vez mais respondidas.
Cada vez que buscava Nossa Senhora procurando ajuda, Amanda começava a "sentir um oásis de paz em sua alma atribulada". Além disso, aos poucos, começou a compreender a profundidade, a autenticidade e o poder luminoso da devoção mariana e, mais especialmente, do Terço.
Indicou que, depois das citações que foi lendo de fontes católicas sobre o Terço, essa oração finalmente "começou a fazer sentido para mim e as graças que fluem dessa fonte contemplativa começaram a me inspirar como nunca antes".
"Como o Papa Leão XIII escreveu uma vez: 'O Terço é a forma mais excelente de oração e o meio mais eficaz para alcançar a vida eterna. É o remédio para todos os nossos males, a raiz de todas as nossas bênçãos. Não há maneira de rezar mais excelente'", lembrou.
Do mesmo modo, afirmou que o Terço é uma base de esperança, uma fortaleza espiritual e um jardim de fertilidade etérea, que os peregrinos católicos recorrem "frequentemente afetados pelas provações da vida e lançados pelas tempestades da tentação".
Publicado originalmente em National Catholic Register.
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