17 de novembro de 2024 Doar
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Papa Francisco: "Sacerdotes casados" não é um tema importante do Sínodo da Amazônia

Papa Francisco durante uma audiência. | Daniel Ibáñez / ACI Prensa

O Papa Francisco assegurou que a possibilidade de ordenar "viri probati", homens idosos e casados ​​de comprovada virtude que possam remediar a ausência de sacerdotes em certas regiões, não será um tema central do próximo Sínodo dos Bispos sobre a Amazônia, que acontecerá em outubro, em Roma.

Em uma entrevista publicada nesta sexta-feira, 9 de julho, no jornal italiano 'La Stampa', o Santo Padre negou que este seja um dos principais temas do Sínodo: "Absolutamente não", assegurou Francisco. "É simplesmente um número do Instrumentum Laboris. O importante serão os ministros da evangelização e as diferentes formas de evangelizar".

Na entrevista, o Pontífice disse que este evento, que acontecerá de 6 a 27 de outubro, "é filho da Laudato si'. Quem não a leu, nunca compreenderá o Sínodo na Amazônia".

Francisco enfatizou que "Laudato si' não é uma encíclica verde, é uma encíclica social baseada em uma realidade 'verde', a proteção da Criação".

Além disso, ressaltou que a razão pela qual foi decidido centrar no Sínodo na Amazônia é por causa da natureza emblemática deste espaço natural. "É um lugar representativo e decisivo. Junto com os oceanos, contribui decisivamente para a sobrevivência do planeta".

"Muito do oxigênio que respiramos vem de lá. Portanto, o desmatamento significa matar a humanidade".

Afirmou também sobre os grandes obstáculos na proteção da Amazônia que "a ameaça da vida das populações e do território deriva de interesses econômicos e políticos dos setores dominantes da sociedade.".

Pediu aos poderes políticos que eliminem sua conivência com esses poderes e com a corrupção. "Devem assumir suas responsabilidades concretas, por exemplo, sobre o tema das minas a céu aberto, que envenenam a água provocando muitas doenças", assinalou.

O Papa reconheceu que o que mais teme sobre a degradação ambiental é "o desaparecimento da biodiversidade" e o surgimento de "novas doenças letais". Definitivamente, "uma deriva e uma devastação da natureza que poderiam levar à morte da humanidade".

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