16 de dezembro de 2024 Doar
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Católicos desafiam ameaças do ISIS e vão a Missas nas Filipinas

Imagem referencial. Crédito: Pixabay (Domínio público)

Os católicos foram em massa às Igrejas do norte das Filipinas para participar das Missas, desafiando as ameaças de ataques terroristas do Estado Islâmico (ISIS) contra as "cidades e igrejas cruzadas".

Assim, segundo informou UCA News, na cidade de Manaoag, na província de Pangasinan, os católicos participaram das Eucaristias.

As autoridades filipinas haviam colocado previamente a Basílica Menor da Virgem do Santíssimo Rosário, o popular local de peregrinação da cidade, sob segurança estrita.

Um memorando militar, vazado à imprensa na semana passada, citou um "possível ataque terrorista" em várias áreas ao norte da ilha de Luzón, onde fica a cidade de Manaoag.

O memorando assinalou que uma "cidade cruzada" com centros de negócios e "igrejas cruzadas" no norte de Luzón eram consideradas alvos.

O documento indicou que ambos os termos são usados ​​pelo ISIS quando descrevem alvos para incentivar "a guerra entre muçulmanos e cristãos", disse UCA News.

Assim, como medida de segurança, no domingo, 11 de agosto, soldados e policiais fortemente armados foram posicionados ao redor da igreja em Manaoag. O sacerdote dominicano Anthony Eudela, prior da basílica, disse que ficou "impressionado" com a grande presença, apesar da ameaça.

"Estou feliz de que as pessoas provem que sua fé é mais forte do que o medo", disse o sacerdote. "Não vamos cancelar as Missas ou encurtá-las. Simplesmente rezamos, rezamos e rezamos, não há mais nada a ser feito", acrescentou.

Por sua vez, um grupo de muçulmanos mostrou seu apoio aos seus vizinhos cristãos, indo à basílica com cartazes que condenavam o terrorismo.

Guialoson Kadir Macmod, um líder da comunidade muçulmana, disse que deixou de lado a celebração do "Eid'l Adha", uma importante festa islâmica, porque "era mais importante para nós mostrar nosso apoio".

"Entristece-nos quando o terrorismo se identifica com o Islã, o terrorismo não é islâmico", disse Macmod.

O Arcebispo Martin Jumoad de Ozamiz agradeceu aos muçulmanos e expressou sua esperança de que a observância de Eid'l Adha "nos torne conscientes de que nossa vida está destinada a servir aos demais e isso implica sacrifício".

"Nesta vida, temos o desafio de fazer sacrifícios pelo bem-estar dos outros", disse.

O alerta terrorista ocorreu quase sete meses após o bombardeio de uma catedral católica na província de Sulu, no sul do país, em 27 de janeiro.

As explosões realizadas por combatentes inspirados pelo Estado Islâmico deixaram 22 mortos e mais de cem feridos.

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