15 de novembro de 2024 Doar
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Arcebispo exorta a buscar refúgio em Deus após sequestro de ônibus na Ponte Rio-Niterói

Brasão Arquidiocese de Niterói. Crédito: Arquidiocese de Niterói | Divulgação

O Arcebispo de Niterói (RJ), Dom José Francisco Rezende Dias, emitiu uma nota de solidariedade após o sequestro de um ônibus com 37 reféns na Ponte Rio-Niterói, que terminou com a morte do sequestrador; o Prelado exortou a "buscarmos o refúgio em Deus".

"Hoje, dia 20 de agosto, a manhã começou com um fato lamentável e triste, que impactou a todos os cidadãos de bem em sua maioria trabalhadores, com o sequestro, na ponte Rio-Niterói, do ônibus que partiu do município de São Gonçalo em direção ao Rio de Janeiro", sublinhou o Prelado.

O sequestro foi anunciado às 5h26 e, por volta das 6h, o ônibus foi atravessado na pista sentido Rio de Janeiro da ponte, cujo tráfego foi bloqueado.

Estavam no veículo o motorista e 36 passageiros, os quais foram feitos reféns. Durante o sequestro, o sequestrador, identificado como Willian Augusto da Silva, de 20 anos, pendurou recipientes com gasolina dentro do ônibus, ameaçando provocar um incêndio.

Ao longo da manhã, seis reféns foram liberados e, às 9h04, o Willian foi atingido por um disparo de um atirador de elite, ao descer do ônibus. Ele foi levado para o Hospital Souza Aguiar, mas, segundo a instituição médica, "chegou em parada cardiorrespiratória, e foi constatado o óbito".

De acordo com a Polícia Militar, todos os 37 reféns saíra sem ferimentos, após cerca de três horas e meia de sequestro.

Em nota publicada na manhã desta terça-feira, o Arcebispo de Niterói manifestou "nossa comunhão e solidariedade com o sofrimento dos 37 passageiros que ficaram como reféns, bem como a nossa oração pelo descanso eterno do sequestrador".

"Em momentos trágicos como esse, é importante buscarmos o refúgio em Deus pela oração e invocar sua misericórdia. Confiando no Deus misericordioso, que se abaixa diante da nossa miséria, pedimos a sua proteção nesses tempos difíceis de violência e também pedimos que nos ajude a ser testemunhas da paz, pois, a violência não é de Deus", acrescentou.

O Prelado assinalou ainda que "todos nós, autoridades e povo, somos responsáveis pela construção da paz! Os instrumentos da violência e da morte devem ser transformados em instrumentos de melhores condições de vida para todos. Por isso, proclamamos com Jesus: 'Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus' (Mt 5,9)".

"Nós cremos no Deus revelado por Jesus Cristo. Ele é o Deus da Vida e da Paz! Com palavras e gestos, Jesus anunciou o Reino de Deus, posicionou-se com firmeza diante de pessoas e estruturas marcadas pela violência e, por isso, sofreu a morte de cruz. Dando a sua vida livremente, denunciou tudo e todos que promovem a morte. Cremos que o Pai deu a Ele a vitória. E Ele, o Senhor da Paz, nos deu o dom maior de sua ressurreição: o Espírito Santo que gera vida nos corações e no mundo".

Por fim, expressou, "vamos, então, nos voltar para Deus 'para que Ele nos mostre seus caminhos, e possamos caminhar em suas veredas'".

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