REDAÇÃO CENTRAL, Aug 22, 2019 / 10:53 am
A campanha internacional orquestrada contra a ADF Internacional visa dividir os grupos que se uniram para defender a vida e a família na América Latina, disse a advogada e assessora principal, Neydy Casillas.
Casillas Padrón se referiu às acusações promovidas contra a Aliança para a Defesa da Liberdade (ADF, na sigla em inglês) pela escola de jornalismo da Universidade de Columbia (Estados Unidos) por meio de seu projeto "Transnacionais da Fé", no qual participaram 16 meios de comunicação latino-americanos.
Como parte desse projeto, nos últimos dias, vários desses meios como El Tiempo de Colômbia, Elsurtil.com do Paraguai, Ciperchile.cl, Apublica.org do Brasil, Mexicanos Contra a Corrupção e a Impunidade (MCCI), entre outros, publicaram artigos onde colocam a organização legal cristã como parte de um lobby que quer influenciar a vida política do continente.
Em declarações a EWTN Noticias, a assessora principal da ADF disse acreditar que o objetivo principal dos recentes artigos "é causar divisão entre os grupos que aderiram ou que de alguma forma apoiaram nosso trabalho nos diferentes países; porque, como todos entendemos, quem divide é quem vence".
"Acho que esse é o principal objetivo desta campanha: apresentar-nos de alguma forma negativa para que aqueles que em algum momento trabalharam conosco se sintam envergonhados. No entanto, recebemos o contrário, o apoio de todo o mundo e sua reafirmação de querer trabalhar conosco", anunciou a advogada.
Nesse sentido, Casillas rejeitou em suas declarações que a ADF tenha como objetivo impor qualquer agenda.
"Principalmente, nossa abordagem é defender as leis nacionais dos Estados que protegem a vida e a família. Não estamos tentando impor nenhuma agenda, somos simplesmente assessores no direito internacional para poder levar ferramentas para aqueles que estão encarregados de fazer as leis e saibam como legislar e fazer cumprir a vontade de seu povo", assinalou a assessora principal da organização legal cristã que promove a vida, o casamento e a liberdade religiosa.
Há alguns dias, a advogada denunciou uma série de "mentiras" proferidas no artigo "A Divina Quarta Transformação" do blog político MCCI, como uma suposta incursão de líderes evangélicos na política mexicana para "implantar" no governo do presidente Andrés Manuel López Obrador uma agenda "conservadora" e baseada na Bíblia.
O texto diz que "esta cruzada evangélica tem sido empreendida, silenciosamente, há anos pela Aliança para a Defesa da Liberdade (ADF, na sigla em inglês), auspiciada por grupos evangélicos dos Estados Unidos, a qual capacitou advogados e fez lobby com legisladores mexicanos de pelo menos cinco partidos para influenciar nas políticas públicas contra o aborto e contra os direitos dos homossexuais".
A reportagem de MCCI também diz que a ADF vem juntando "tanto grupos evangélicos protestantes como católicos para assumir uma agenda comum".
"Assim, suas diferenças religiosas foram deixadas de lado, juntando-se aos movimentos chamados pró-vida e em manifestações a favor do que denominam de família 'tradicional'", diz o meio mexicano.
Diante destas afirmações, Casillas Padrón respondeu: "O que mais me chama a atenção nesses artigos é que, de alguma forma, fazem os leitores acreditarem que estamos fazendo algo errado ou ilegal. No entanto, quem pode ler bem os artigos perceberá na primeira leitura que não existe nada disso".
"Em uma sociedade democrática, como a de hoje, todos têm o direito de defender suas ideias na vida pública e é isso que estamos fazendo na ADF Internacional", esclareceu a advogada.
Sobre a união de grupos evangélicos e católicos para formar movimentos pró-vida, assinalou que não existe "nada de errado" em "reunir-se".
"Sabemos que todo o mundo avança no trabalho que faz devido a alianças e uniões. Nós, como ADF, consideramos as alianças como parte de nosso DNA", assinalou.
Casillas Padrón argumentou que a maior força da ADF Internacional "é a união" que alcançaram na América Latina com aqueles "grupos católicos, evangélicos e não crentes, de muitos países, que se uniram porque coincidem [na defesa] frente a esses ataques que a vida e a família recebem em nível regional".
"Sabemos que unidos podemos enfrentar toda esta agenda que tenta se impor do exterior", concluiu a advogada, referindo-se à imposição do aborto e da ideologia de gênero em todo o mundo.
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