16 de dezembro de 2024 Doar
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Pesquisa: Quase metade dos abortistas reconhece que pílula abortiva não é segura

Imagem referencial | Unsplash

Após a publicação de uma pesquisa com o objetivo de descobrir as complicações associadas ao uso de abortivos químicos, descobriu-se que cerca da metade dos membros de organizações provedoras de aborto considera que a pílula do aborto não é segura e 35% admitem ter causado complicações em mulheres.

Randall O'Bannon, PhD e diretor de educação e pesquisa de National Right to Life (Comitê Nacional do Direito à Vida dos Estados Unidos) escreveu uma coluna para o Life News explicando os resultados do estudo.

"Os defensores argumentaram diligentemente que os abortos químicos são tão simples e seguros que as mulheres podem realizá-lo por conta própria. Mas, ao mesmo tempo, muitos também insistiram que as mulheres que não podem ter acesso ao aborto estariam em perigo se tentassem abortar por si mesmas", disse o especialista no início de sua coluna.

As preocupações associadas ao uso de abortivos químicos são encontradas no estudo intitulado "Provedores de aborto: experiências e opiniões sobre o aborto autopraticado com medicamentos, um estudo exploratório", publicado em 16 de abril de 2019, na Revista Contraception.

Entre julho e setembro de 2017, pesquisadores da Universidade de Iowa realizaram uma pesquisa on-line com os membros de Society of Family Planning, Association of Reproductive Health Care Providers e Abortion Care Network, que foram questionados sobre suas experiências e opiniões sobre "aborto autopraticado".

Dos 650 entrevistados, pouco mais da metade (55,1%) eram provedores diretos de aborto.

Dos provedores de aborto, 68,6% informaram ter experiência com mulheres que tentaram abortar por conta própria e, desses, 76,1% tinham conhecido mulheres que usaram misoprostol e/ou mifepristona, medicamentos usados ​​para realizar abortos, vendidos atualmente nos Estados Unidos, mas que só estão disponíveis legalmente através de um provedor de aborto que atenda a certas condições estabelecidas pela Food and Drug Administration (FDA).

"Na pesquisa da Universidade de Iowa, apenas metade (53,3%) disse que achava que o uso do misoprostol e da mifepristona era seguro para autopraticar um aborto. Isso significa que quase metade das pessoas que abortaram não estava convencida de que era seguro as mulheres usarem drogas para realizar seus próprios abortos", indicou O'Bannon.

Depois, disse que "mais de um terço (34,9%) disse que havia testemunhado complicações do aborto autopraticado". "A complicação mais comum foi um aborto incompleto, mas também se informou sobre hemorragia, sepse (infecção) e ruptura uterina", acrescentou.

O'Bannon explica que uma coisa óbvia do estudo é que "o aborto incompleto" foi mencionado "com tanta frequência como uma possível complicação, que o tema é claramente um problema muito maior do que seus defensores nos fazem acreditar".

"Se as estatísticas oficiais de Danco, o distribuidor norte-americano de mifepristona, são precisas (afirmando uma eficácia de 93 a 98%), isso ainda significa que talvez uma em cada 20 pacientes possa precisar de cirurgia para interromper o sangramento ou concluir o aborto. Na verdade, esse seria um número grande de casos para um medicamento que, segundo dizem, é usado por centenas de milhares de mulheres norte-americanas por ano ", afirmou o especialista.

Do mesmo modo, destacou que a partir dos números fornecidos, não dá para saber com precisão a porcentagem de pacientes com abortos autopraticados que tiveram problemas.

"Mas, sabemos que eram frequentes o suficiente para que ao menos um terço dos abortistas na pesquisa os encontrassem – e que alguns eram bastante sérios, sérios o suficiente para que quase metade dos abortistas não estivesse disposto a dizer aos pesquisadores que o consideravam seguro".

Segundo o especialista, após o último relatório "postmarketing" do FDA sobre a mifepristona, desde sua aprovação em 2000, "houve mais de quatro mil casos em que um evento adverso foi relatado", que "inclui mais de mil hospitalizações, mais de 500 pacientes que precisaram de transfusões e mais de 400 'infecções graves'"; assim como 24 mortes durante esse período e pelo menos um terço das infecções bacterianas raras.

"Não importa quantos milhares consigam suportar o processo exaustivo e doloroso dos medicamentos sem nenhum dano óbvio imediato ou duradouro, se um número de mulheres morreu ou enfrentou sérias complicações, é uma indicação clara de que os medicamentos são potencialmente bastante perigosos", comentou O'Bannon.

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