17 de novembro de 2024 Doar
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Diaconisas e viri probati não são temas essenciais na Amazônia nem na Alemanha, diz Cardeal

Cardeal Kurt Koch. Crédito: Evangelische Kirche em Österreich | Wikipédia (CC BY-SA 2.0)

O Presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, destacou que a ordenação de diaconisas ou de viri probati, idosos de comprovada virtude, não são temas essenciais nem na Amazônia nem na Igreja na Alemanha que prepara um "processo sinodal" que começaria no Advento deste ano.

Em entrevista concedida em Roma à rede de televisão EWTN TV da Alemanha, o Purpurado que participa do Sínodo da Amazônia por ser chefe de um dicastério do Vaticano indicou que entre os Padres sinodais existem "opiniões diferentes" sobre "temas que certamente preocupam as pessoas".

O Purpurado de origem suíça destacou que não considera "que estes sejam os temas importantes nem no Sínodo da Amazônia nem na Alemanha. E olhando para a Alemanha, estas também não são as questões mais profundas".  

Depois de assinalar que a Igreja Luterana na Alemanha, na qual as mulheres são ordenadas, também enfrenta desafios parecidos ou mais sérios que a Igreja Católica, o Cardeal Koch explicou que tudo "isso mostra que, embora estes temas não possam ser deixados de lado, pois preocupam as pessoas, tampouco são os assuntos mais profundos que precisam ser colocados, em minha opinião, tanto aqui como na Alemanha".

O Cardeal Koch também disse que o sucesso das igrejas pentecostais na Amazônia é um assunto importante, pois "uma quantidade considerável" de católicos foi para elas nos últimos anos. "É claro que existem várias razões para isso e a Igreja precisa considerá-las", disse.

O Cardeal recordou as palavras do Papa Francisco, que encorajou os bispos do Sínodo da Amazônia a se deixarem iluminar pelo Espírito Santo, para que ele seja o protagonista, uma vez que o Sínodo não tem poder de decisão, mas apenas a possibilidade de fazer propostas ao Santo Padre que depois decidirá se vai aceitá-las ou não.

Perguntado sobre o temor que existe em alguns de que a Igreja na Alemanha possa tomar um caminho distinto, caso suas reformas não sejam implementadas, o Cardeal advertiu que, "se olharmos para as igrejas, tenho que dizer que a tendência de resolver problemas fundando novas igrejas é um fenômeno típico do mundo do protestantismo".

Em vez disso, continuou, a forma católica está "sob o teto do papado", mesmo que haja tensões. "É mais fácil separar-se e fundar uma nova igreja. Considero que a aproximação católica é mais preferível e espero que a Igreja Católica permaneça nessa forma católica em toda a Igreja universal. A outra, na minha opinião, não tem futuro", assegurou o Cardeal.

Em 25 de setembro, a Conferência Episcopal Alemã aprovou os estatutos para a criação de uma assembleia sinodal com o Comitê de Católicos Alemães (ZdK). Este grupo, que esteve de acordo em participar do processo sinodal se as resoluções da assembleia forem "vinculantes", revisará e aprovará o texto aprovado pelos bispos.

O ZdK é um grupo leigo polêmico cujos líderes promovem a mudança da moral sexual da Igreja, uma maior participação das mulheres e a bênção dos casais homossexuais.

Na recente canonização do Cardeal inglês John Henry Newman, o Cardeal Koch disse que o novo santo era "um buscador apaixonado da verdade" e um incentivo importante "para reconciliar a verdade objetiva com a espiritualidade subjetiva".

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