QUITO, Aug 20, 2005 / 19:22 pm
O Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana (CEE) e Bispo de Machala, Dom Néstor Herrera Heredia, solicitou ao Governo ser sensível diante das reclamações dos cidadãos que exigem melhoras sociais, e advertiu que a indiferença pode fazer que a situação se torne violenta.
Através de um comunicado, o Prelado assinalou que “não é desconhecido para ninguém que as motivações primeiras (das reclamações) são justas e razoáveis”. Entretanto, advertiu que “quanto mais se dilata a resposta”, estas se “tornam violentas com as graves conseqüências que geram”.
Dom Herrera recordou que o presente Governo “assumiu o poder pelo rechaço à corrupção e ao manuseio político dos interesses nacionais” em que caiu a administração anterior. Entretanto, com estas novas autoridades, o povo segue vendo adiados seus desejos de desenvolvimento e “não alcança a ver uma mudança na política nacional” nem “na reforma institucional do país”.
“Deus queira que não se esperem a confrontação violenta e a comoção cidadã para dar resposta. Deus queira que o poder não nos tornemos insensíveis a quem se proclamou defensores do povo. Deus queira que não tenhamos medo ao risco no serviço a todos os equatorianos em face ao futuro da Pátria”, finaliza o documento.
Nos últimos dias diferentes setores sociais iniciaram uma séries de protestos. Entre eles estão os produtores de banana, que reclamam às exportadoras cumprir com o pagamento do preço por caixote estabelecido pelo Governo.
Do mesmo modo, povos amazônicos reclamam tomar parte das regalias pela exploração do petróleo que se encontra no seu território. Isto levou a uma greve geral em duas províncias, a paralisar a exportação do cru e a declarar a região em estado de emergência.
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