Belfast, Oct 21, 2019 / 09:10 am
Os grupos pró-vida da Irlanda do Norte têm a esperança de que haja apoio suficiente no Congresso para bloquear a liberação das leis de aborto na próxima semana.
Segundo 'Belfast Telegraph', o grupo pró-vida Both Lives Matter disse que 30 membros da Assembleia Legislativa se comprometeram a pedir ao seu presidente que convoque uma sessão extraordinária, algo que estará obrigado a fazer segundo a lei da Irlanda do Norte.
No entanto, para bloquear os novos regulamentos sobre o aborto, seria necessário formar um Poder Executivo, o que é pouco provável antes do prazo final, esta segunda-feira, 21 de outubro, informou o meio de comunicação.
O aborto induzido é legal no resto do Reino Unido até a 24ª semana e as mulheres irlandesas podem fazer um aborto gratuito no Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra, Escócia e País de Gales desde novembro de 2017. Atualmente, é legalmente permitido na Irlanda do Norte somente se a vida da mãe estiver em risco ou se houver risco de danos sérios e permanentes à sua saúde mental ou física.
Se a Assembleia da Irlanda do Norte não for convocada até hoje, a expansão do aborto e a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo entrarão em vigor. O secretário Julian Smith teria o mandato de aplicar as leis antes de 31 de março de 2020.
A Assembleia da Irlanda do Norte foi suspensa durante os últimos dois anos devido a uma disputa entre os dois principais partidos do governo. O Partido Unionista Democrático (DUP), que é o maior partido, se opõe a mudar a lei. Sinn Féin, outro partido destacado na Irlanda do Norte, apoia a liberalização da lei do aborto.
"Os governos britânico e irlandês compartilham a visão de que ainda há uma oportunidade nos próximos dias para chegar a um acordo", disse o ministro da Irlanda do Norte, Robin Walker, na quarta-feira, 16 de outubro, segundo 'The Guardian'.
Líderes da Igreja Católica, da Igreja da Irlanda, da Igreja Metodista, da Igreja Presbiteriana e do Conselho de Igrejas da Irlanda, pediram às suas congregações que rezem e pressionem contra as mudanças no aborto.
Em 2018, a República da Irlanda realizou um referendo no qual os votantes revogaram proteções pró-vida do país, que reconheciam tanto a vida das mães, como de seus bebês. Os legisladores irlandeses promulgaram uma lei que permitia o aborto legal onde durante muito tempo tinha sido uma fortaleza católica e pró-vida.
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