21 de novembro de 2024 Doar
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Cardeal Schönborn: Documento final do Sínodo não é escrito pela comissão de redação

Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena. Crédito: Daniel Ibáñez | ACI Press

Nos Sínodos, os responsáveis ​​pela redação do documento final são os membros da comissão de redação, que recolhe as contribuições dos círculos menores, mas o que acontece quando os membros da comissão de redação não estão preparando o documento? A dúvida a respeito permanece.

O Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena (Áustria), eleito diretamente pelo Papa Francisco para ser membro da comissão de redação do documento final do Sínodo da Amazônia, assinalou que este grupo não está encarregado de redigir o texto, mas o Relator Geral, o Cardeal brasileiro Claudio Hummes "e sua equipe".

"Tenho que tentar fazer uma correção. A palavra comissão de redação é pouco clara porque, de fato, os rascunhos são do relator principal e de sua equipe. O papel da comissão de redação é aprovar imediatamente o trabalho que fazem os relatores. Portanto, nós, a comissão de redação, não escrevemos o texto", disse o Purpurado austríaco em uma coletiva de imprensa realizada em 21 de outubro na Sala Stampa do Vaticano.

ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, perguntou ao diretor da Sala Stampa do Vaticano, Mateo Bruni, que explicou o procedimento oficial da redação. "O briefing de hoje começou com uma explicação do trabalho no documento e na terça-feira da semana passada entregamos uma lista das pessoas envolvidas nessa atividade".

"O relator e os secretários especiais preparam o rascunho do documento baseados nos relatórios dos 'círculos menores' e nas contribuições dos participantes durante as congregações gerais. Ao fazer isso, são assistidos pelos chamados 'especialistas', incluídos na lista de participantes do Sínodo, que foi enviada nos dias anteriores ao seu início", disse Bruni a ACI Prensa.

Em 15 de outubro, o Santo Padre nomeou como membros da comissão para a elaboração do documento final do Sínodo da Amazônia o Cardeal Schönborn; Dom Edmundo Valenzuela, Arcebispo de Assunção (Paraguai); Dom Marcelo Sánchez Sorondo, Chanceler da Pontifícia Academia de Ciências e Ciências Sociais; e Pe. Rossano Sala (Itália).

Esses quatro membros se uniram aos nomeados em 7 de outubro: Dom Mario Antônio da Silva, Bispo de Roraima (Brasil); Dom Héctor Miguel Cabrejos Vidarte, Arcebispo de Trujillo e Presidente da Conferência Episcopal Peruana; Dom Nelson Jair Cardona Ramírez, Bispo de San José del Guaviare (Colômbia); e Dom Sergio Alfredo Gualberti Calandrina, Arcebispo de Santa Cruz de la Sierra (Bolívia).

ACI Prensa também entrou em contato com Mauricio López Oropeza, secretário executivo da REPAM, para perguntar sobre a participação dos funcionários desta organização na redação do documento final.

Dado que a REPAM participou de maneira decisiva na redação do controverso documento de trabalho e é presidida pelo Cardeal Hummes, o organismo pareceria ser a única "equipe" do Purpurado brasileiro ao qual se referiu o Arcebispo de Viena.

López Oropeza explicou a ACI Prensa que "os únicos que estão neste trabalho (para redigir o documento final) são os membros dessa comissão. Sua equipe é a dos secretários especiais, dos comissários eleitos, dos comissários definidos pelo Papa e dos peritos-especialistas".

A REPAM recebeu inúmeras críticas pela realização de eventos polêmicos em torno ao Sínodo da Amazônia, que foram percebidos como atos de pressão.

Entre esses eventos, estão a cerimônia de 4 de outubro nos Jardins do Vaticano com o Papa Francisco, os "momentos da espiritualidade amazônica" na igreja de Santa Maria em Traspontina e a "Via-Sacra Amazônica", realizada no sábado, 19 de outubro.

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