17 de dezembro de 2024 Doar
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Papa Francisco homenageia Cardeal que anunciou sua eleição

Papa Francisco | Cardeal Jean Louis Tauran. Crédito: Daniel Ibáñez ACI Prensa / Dragan Tatic (CC-BY-2.0)

O Papa Francisco visitou a Pontifícia Universidade Lateranense de Roma na tarde de 31 de outubro, onde prestou homenagem à memória do Cardeal Jean Louis Tauran, que anunciou sua eleição como Pontífice, o "Habemus papam", em 13 de março de 2013.

O Cardeal Tauran faleceu em 5 de julho de 2018, depois de sofrer da doença de Parkinson desde 2012. A doença não foi um impedimento para servir como presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso.

O Santo Padre descreveu o Cardeal Tauran como "um homem de diálogo e construtor da paz", porque "toda a sua vida esteve projetada na perspectiva do diálogo".

"A vontade do diálogo apoiou, inclusive na doença, esta figura de sacerdote, leal e disponível, que também foi importante para mim e de grande ajuda para entender muitas situações em meu serviço como bispo de Roma e sucessor de Pedro", confidenciou o Papa, que descreveu concretamente três áreas de diálogo que o Purpurado viveu.

1. "Diálogo principalmente com Deus, que o cristão, o sacerdote, o bispo Tauran cultivou, ao qual se inspirou nas suas escolhas e ações e encontrou conforto durante sua doença".

2. "O diálogo entre os povos, os governos e as instituições internacionais, pelas quais o diplomata Tauran fez todo o possível para favorecer a celebração de acordos, mediações ou propor soluções, inclusive técnicas, a conflitos que minavam a paz e limitavam os direitos humanos e nublavam a liberdade de consciência".

3. "O diálogo entre as religiões, que viu o Cardeal se dedicar para não reafirmar os pontos que já são comuns, mas buscar e construir outros novos".

Nesse sentido, o Santo Padre ressaltou que o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso "nos fez entender que não basta se deter diante do que nos aproxima, mas é necessário explorar novas possibilidades para que as várias tradições religiosas possam transmitir, além de uma mensagem de paz, a paz como mensagem".

O Papa expressou essas considerações na Sala Magna da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma diante de representantes de diferentes religiões presentes na Itália, membros do corpo diplomático, professores e estudantes da casa de estudos que se reuniram por ocasião de uma jornada de estudo sobre a educação à paz, em preparação para o evento sobre o "Pacto Educativo Global" convocado para 14 de maio de 2020.

Por isso, o Santo Padre também destacou que "educar para a paz requer dar alívio e resposta àqueles, infelizmente, que os conflitos e as guerras condenam à morte ou os obrigam a abandonar seus entes queridos, seus lares e seus países de origem".

"Precisamos cuidar das expectativas e ansiedades de muitos de nossos irmãos e irmãs. Não podemos permanecer indiferentes, limitando-nos a invocar a paz. Todos nós, educadores e estudantes, somos chamados a construir e proteger a paz todos os dias, direcionando nossa oração a Deus para oferecê-la como um presente", assinalou o Papa.

Nesse sentido, o Pontífice destacou a "responsabilidade perante as novas gerações que exige, acima de tudo, o compromisso de formá-las e ouvi-las para responder aos desafios de nossos tempos, sem negar o valor imutável da verdade, mas com uma linguagem compreensível e atual".

Deste modo, o Santo Padre ressaltou também que "a paz, a dignidade humana, a inclusão e a participação mostram quanto é necessário um pacto educativo amplo e no nível de transmitir não apenas o conhecimento de conteúdos técnicos, mas também e, acima de tudo, uma sabedoria humana e espiritual, feita de justiça, retidão, comportamentos virtuosos e em grau de realizar-se em concreto".

"Não apenas os fiéis, mas todos os que são animados pela boa vontade sabem como o diálogo é necessário em todas as suas formas. Dialogar não serve apenas para prevenir e resolver conflitos, mas é uma forma de ressaltar os valores e virtudes que Deus escreveu no coração de cada homem e que evidenciou na ordem da criação", explicou o Pontífice.

Finalmente, o Papa Francisco dirigiu um convite para rezar incessantemente e fazer todo o possível para que "através de um autêntico 'Pacto Educativo Global' seja inaugurada uma era de paz para toda a família humana".

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