SAN JOSÉ, Nov 7, 2019 / 12:00 pm
A Diocese de Tilarán Liberia (Costa Rica) expressou sua disposição às autoridades para facilitar a investigação do caso do sacerdote Brenes Villalobos, suspeito de ter abandonado seu sobrinho de seis anos no deserto do Arizona (Estados Unidos).
A Diocese emitiu um comunicado depois que, no dia 6 de novembro, tomou conhecimento da prisão do sacerdote, identificado apenas com seus sobrenomes, a pedido da Promotoria Adjunta contra o Tráfico de Pessoas e o Tráfico Ilícito de Migrantes.
O caso remonta a junho de 2018 e, de acordo com a Promotoria, o sacerdote é o "suposto responsável pelo abandono de seu sobrinho menor no deserto do Arizona, Estados Unidos (EUA), especificamente no setor de fronteira conhecido como Luckville".
Em seu site, a Promotoria indicou na quarta-feira que, depois de receber a declaração indagatória ao Pe. Brenes Villalobos, "analisará a solicitação de medidas cautelares para mantê-lo vinculado ao processo penal. É acusado dos supostos crimes de tráfico ilícito de migrantes e abandono de incapaz".
Diante desses fatos, a Diocese da Costa Rica indicou que, "até o momento, só se tem a informação que circula nos meios. Desconhecem-se os detalhes das suspeitas que pesam sobre o presbítero, o qual até o momento desempenha seu trabalho pastoral, com normalidade, na paróquia de Sardinal de Carrillo, Guanacaste".
"Pelo momento, a Diocese não vai mais se referir ao caso, pois está em fase de investigação", disse em comunicado em 6 de novembro.
O caso
Em seu texto, a Promotoria informou que, no ano passado, "abriu o arquivo 18-00031-1321-PE para investigar os eventos ocorridos em 19 de junho de 2018, quando agentes de imigração dos EUA encontraram a criança sozinha e esta indicou que seu tio o instruiu a continuar o trajeto, onde seria resgatado por alguma pessoa. Um dia depois, Brenes entrou na Costa Rica".
"Segundo a investigação, o imputado realizou as coordenações para levar a vítima para o México e depois levá-lo para os Estados Unidos, onde estava sua mãe", assinalou.
A Promotoria indicou que, naquela ocasião, o consulado da Costa Rica nos Estados Unidos "entrou em contato com a mãe do menor para lhe entregar o menino".
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