2 de dezembro de 2024 Doar
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Catedral de Manágua é atacada por grupos ligados ao governo da Nicarágua

A Catedral de Manágua (Nicarágua) foi atacada por simpatizantes do governo de Daniel Ortega na segunda-feira, 18 de novembro, e agrediram um sacerdote e uma religiosa.

Segundo informou a Arquidiocese de Manágua em um comunicado, "grupos violentos ligados ao governo entraram e tomaram o controle da Catedral Metropolitana de Manágua. Quando foram repreendidos pelo Presbítero Rodolfo López e pela Ir. Arelys Guzmán, estas pessoas responderam com violência agredindo o Padre e a Irmã, que estão bem, mas tiveram que sair do templo para se resguardar".

O comunicado também afirma que, durante a noite, essas mesmas pessoas "quebraram com força os cadeados do sino e outros cadeados do templo profanando desta maneira nossa Catedral Metropolitana".

A Arquidiocese da Nicarágua condenou "os atos de profanação, assédio e intimidação que não colaboram para a paz e a estabilidade do país".

Além disso, pediram a Daniel Ortega e a sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, que "tomem medidas imediatas para que todos os nossos templos católicos sejam respeitados, bem como à Polícia Nacional para retirar suas tropas que assediam e intimidam a Catedral e nossas paróquias".

"Exortamos todo o nosso povo a intensificar os momentos de oração diante de Jesus Sacramentado e a oração do Santo Terço pedindo pela paz em nosso país", asseguraram e recordaram que "nossa força é a oração".

Também citaram o ponto da Doutrina Social da Igreja no qual se afirma que "a autoridade deve reconhecer, respeitar e promover valores humanos e morais essenciais. Estes são inatos, derivam da verdade do ser humano e expressam e protegem a dignidade da pessoa. São valores, portanto, que nenhum indivíduo, nenhuma maioria e nenhum Estado podem criar, modificar ou destruir".

Desde abril de 2018, a Nicarágua vive uma crise sociopolítica que deixou pelo menos 328 mortos segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), embora organismos locais elevem a cifra para 651. O governo de Daniel Ortega reconhece somente 200 e atribui a violência a uma suposta tentativa de golpe de Estado.

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