27 de novembro de 2024 Doar
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Novo sacerdote converso: Nada na Bíblia justifica o sacerdócio feminino

O recém ordenado sacerdote católico, Pe. Evans David Gliwitzki, que durante mais de oito anos foi pastor anglicano e permanecerá unido em matrimônio à sua esposa com quem tem duas filhas, declarou esperar que sua ordenação não abra as portas à abolição do celibato sacerdotal na Igreja Católica e descartou que o sacerdócio feminino tenha fundamento algum na Sagrada Escritura.

Ao explicar os motivos de sua decisão de abandonar a comunidade anglicana em que servia como pastor e pedir sua admissão na Igreja Católica, o Pe.Gliwitzki, assinalou a aprovação do sacerdócio feminino em dita confissão. “Eu iniciei esta mudança quando se aprovou o sacerdócio das mulheres na minha anterior igreja, em 1992”.

“Isto significava para minha própria fé –e para parte do clero e dos bispos– um problema, já que acredito que nunca deveria ter sido aceito. Por isso pensei: ‘Não posso enfrentar isto aqui, melhor será que o deixe’. E assim foi que me afastei, mas em boas relações com meu bispo, que esteve de acordo com o que fazia e me apoiou’”, declarou em uma entrevista publicada pelo jornal ABC de Madri.

Ao ser perguntado sobre as diferenças que encontra entre não aceitar às mulheres e ser aceito na Igreja Católica apesar de estar casado, o sacerdote reconheceu não encontrar fundamentos na Bíblia para o sacerdócio feminino: “Os anglicanos têm mulheres que celebram a Missa e eu não encontro nenhuma justificação para isso na Bíblia, porque nosso Senhor não escolheu nenhuma”.

“Se Ele tivesse querido fazê-lo, continuou, teria tido várias muito boas para escolher. Estavam perto dele a Virgem Maria, Maria Madalena e Isabel, mas eu acredito que Jesus viu que não se tratava de uma tarefa fácil. E, apesar de tanto que se falou, não houve, a partir da decisão dos anglicanos, uma grande quantidade delas que se ordenasse”, disse Gliwitzki, de 64 anos de idade e natural de Zimbabwe.

Do mesmo modo, esta vez em declarações a la Razón, o novo presbítero manifestou sua esperança de que seu caso não influa na abolição do celibato entre os sacerdotes católicos, pois se trata de uma “exceção”.

“Espero que não”, disse o sacerdote ao ser interrogado sobre esta possibilidade e explicando que “não é a primeira vez no mundo que um ministro anglicano casado se ordena sacerdote católico. No Reino Unido, disse, deram-se muitos. Meu caso, como o de outros, é uma exceção e se produz porque provenho de uma comunidade que sim contempla o matrimônio de seus ministros”.

No mesmo meio, e depois explicitar seu desacordo com algumas mudanças que na comunhão anglicana “também se produziram nos últimos anos”, o novo sacerdote sugeriu a sua comunidade de origem “considerar sua união com a Católica e revisar algumas posturas que está tomando”.

Gliwitzki, casado com uma enfermeira católica e avô de uma menina, foi consagrado sacerdote no domingo passado em Tenerife pelo bispo emérito e atual administrador apostólico de dita localidade, Dom Felipe Fernández. Trata-se do primeiro caso desta natureza na Espanha.

O Papa Bento XVI, quando ainda era o Cardeal Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, solicitou ao Papa João Paulo II a dispensa para que o então pastor anglicano de pai polonês e católico e mãe anglicana, pudesse ser ministro da Igreja católica estando casado.

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