REDAÇÃO CENTRAL, Nov 27, 2019 / 15:45 pm
Em 27 de novembro de 1970, depois de descer do avião no qual chegou ao aeroporto de Manila (Filipinas), o Papa Paulo VI se salvou de morrer esfaqueado.
Depois de descer do avião, o Santo Padre foi cumprimentado por várias autoridades civis e eclesiásticas. Em seguida, um homem vestido como sacerdote conseguiu chegar onde ele estava.
O homem era o pintor boliviano Benjamín Mendoza y Amor Flores que sofria de problemas mentais. Ele conseguiu alcançar o Papa com a faca na jugular, ferindo-o duas vezes. Os que estavam à sua volta pensavam que era um crucifixo e não uma arma.
O boliviano foi preso imediatamente após o ataque. Foi perdoado pelo Pontífice.
O Arcebispo norte-americano Paul Marcinkus, apelidado de "O Gorila" por sua grande estatura e corpulência, foi quem impediu o homem de esfaquear o Papa novamente.
Em agradecimento por sua coragem e por tê-lo salvado, São Paulo VI presenteou o Prelado com um cálice que usou em 28 de novembro de 1970 em uma Missa de ordenação de vários sacerdotes. O cálice está atualmente preservado em um seminário em Chicago (Estados Unidos).
Em seu primeiro discurso nas Filipinas, o Papa Paulo VI disse que "o objetivo de nossa visita a Manila é de ordem espiritual e apostólico. Nossa felicidade será imensa se, com essa viagem, os fiéis católicos reafirmarem sua fé para manifestá-la de maneira sincera e coerente; se forem estimulados na busca dessa feliz fusão de sua herança religiosa com as novas demandas de um mundo moderno".
"Gostaríamos que se consolide sua vontade de viver em boa harmonia com todos, de promover o desenvolvimento social em nome da caridade de Cristo da qual são testemunhas, de valorizar as virtudes cívicas de integridade, de desinteresse e de serviço, semelhantes, para todos, já que essas virtudes são a base da prosperidade dos povos grandes, livres e unidos ", acrescentou o Papa.
Em outubro de 2014, durante a cerimônia de beatificação de Paulo VI, apresentou-se na Praça de São Pedro um relicário com a camiseta ensanguentada usada pelo Pontífice no dia do ataque em 1970.
A viagem do Papa Paulo VI às Filipinas ocorreu durante uma longa turnê que incluiu Irã, Paquistão, Filipinas, Samoa, Austrália, Indonésia, Hong Kong e Sri Lanka.
Esta foi a última viagem que São Paulo VI fez em seu pontificado e durou de 26 de novembro a 5 de dezembro de 1970.
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