21 de dezembro de 2024 Doar
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Bispos apresentam documento para "dar esperança" frente à morte e à eutanásia

Imagem referencial. Crédito: Pixabay

Dom Mario Iceta, Bispo de Bilbao e presidente da Subcomissão de Família e Vida da Conferência Episcopal Espanhola apresentou o documento "Semeadores de esperança. Acolher, proteger e acompanhar na etapa final da vida".

Segundo explicou, o título "Semeadores de esperança" se refere a "semear esperança naqueles doentes em situação terminal e em suas famílias", assim como "aliviar a dor e o sofrimento, acompanhar na solidão que os doentes enfrentam, fomentar a esperança e a compaixão".

O Bispo de Bilbao também afirmou que o objetivo é "dar um olhar de esperança sobre os momentos que clausuram nossa etapa vital na terra, ajudar com simplicidade a buscar o sentido do sofrimento, acompanhar e confortar os doentes e encher de esperança os últimos compassos da vida e sustentar as famílias e iluminar a tarefa dos profissionais de saúde".

O documento da CEE, que foi elaborado durante dois anos e que foi apresentado na quarta-feira, está dividido em sete partes que explicam o debate social sobre a eutanásia, o suicídio assistido e a morte digna; o cuidado dos doentes; a medicina paliativa diante da enfermidade terminal, assim como a ilicitude da obstinação terapêutica; ou propostas para fomentar a cultura do respeito à dignidade humana, entre outros.

Dom Iceta lembrou que há menos de um mês a Associação Médica Mundial "se opõe fortemente à eutanásia e ao suicídio com ajuda médica", porque, segundo destacou o Bispo, "a eutanásia não oferece qualidade de vida nem qualidade de morte".

O Bispo de Bilbao disse que "falta uma lei de cuidados paliativos", pois há uma "insuficiente instauração" deles na Espanha.

"Não existe uma demanda social para a eutanásia, mas sim de ser aliviado nas dificuldades. Essa demanda social sim existe, sim existe uma demanda de paliativos e não de eutanásia, que pode ser mais minoritária", afirmou.

Dom Iceta insistiu que há uma "grande confusão terminológica, porque ninguém quer morrer, não há uma demanda para morrer. Mas sim que a pessoa seja ajudada nas dificuldades que tenha, na doença e na morte. Ajudada a aliviar o cansaço, o sofrimento, a solidão, a dor, a incapacidade física...".

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