Vaticano, Dec 20, 2019 / 11:00 am
O Papa Francisco recebeu de Rodrigo Iván Cortés, presidente da Frente Nacional para a Família, o relatório Vida, Família e Liberdades 2019, que denuncia as graves ameaças, como o aborto e a ideologia de gênero, que vários políticos buscam implementar no México.
O encontro entre o Papa Francisco e Rodrigo Iván Cortés foi realizado em 7 de dezembro no Vaticano.
Em declarações à ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI –, Cortés explicou que o relatório apresenta "a situação desses três pilares da nação mexicana", a vida, a família e as liberdades fundamentais.
Indicou que este documento abrange o primeiro ano do governo do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, e de maioria parlamentar de seu partido, Morena, tanto no Congresso da União como em muitos órgãos parlamentares estaduais.
Para o presidente da Frente Nacional pela Família "o saldo é lamentavelmente negativo, e isso é grave".
"Neste ano, mês a mês, foram sendo quebrados os recordes de violência e de morte em nosso país e, longe de solucionar o problema, foi agravado com uma insistência obcecada de tentar introduzir o aborto tanto no nível federal como no local, tanto na Constituição como na legislação secundária", disse.
Cortés criticou que aqueles que promovem essas leis contra a vida, a família e as liberdades no México agem "com uma inconsciência e uma irresponsabilidade muito forte, pois, sem terem resolvido o grave problema do crime organizado ilegal, agora querem legalizar um crime como aborto".
No relatório, explicou, são assinaladas as ações de cada partido e bancada política, mas enfatizou que o grupo parlamentar de López Obrador "teve predominância nestes temas de aborto, de casamento entre pessoas do mesmo sexo".
"Não quiseram apenas introduzir o aborto, mas quiseram debilitar a família, que é a entidade onde se gesta, se acolhe e se cuida em todo seu ciclo vital a vida", denunciou.
O presidente da FNF assinalou que na introdução do relatório destacam que concordam com o Papa Francisco em considerar o aborto como uma atividade de assassinos de aluguel.
Resolver supostos problemas através do aborto, disse, "é uma mentalidade de assassino de aluguel e, infelizmente, no México, essa mentalidade está aumentando".
"E o mais lamentável é que são os legisladores e políticos que querem que o México aprofunde mais a mentalidade de um assassino de aluguel, uma anticultura da morte", acrescentou.
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