22 de dezembro de 2024 Doar
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CNN indenizará um jovem católico por difamação

Imagem referencial | Domínio público

A CNN fez um acordo para indenizar Nick Sandmann, um estudante católico de ensino médio do norte de Kentucky (Estados Unidos), por divulgar uma notícia difamatória após a Marcha pela Vida de 2019, que fez com que o jovem fosse assediado e atacado durante todo este tempo, afetando a sua vida e imagem pessoal.

O acordo ocorreu em 7 de janeiro, segundo informou um porta-voz da CNN a 'The Enquirer', e veio como parte do processo apresentado por Sandmann contra essa rede, 'The Washington Post' e 'NBC Universal', por 800 milhões de dólares em danos e prejuízos.

No caso específico da CNN, o processo foi aberto em março por 275 milhões de dólares. Embora alguns meios de comunicação mencionem que o acordo seria de 250 milhões, oficialmente não há detalhes do mesmo.

Em sua conta no Twitter, Sandmann apenas ressalta que chegou a um acordo com CNN.

Os advogados do jovem de 16 anos indicaram que este sofreu uma cobertura midiática difamatória quando o acusaram de assédio contra um nativo americano durante a Marcha pela Vida de 2019 em Washington, DC.

O processo contra 'The Washington Post' visava 250 milhões de dólares e continua avançando em parte, apesar da tentativa do 'Post' de arquivar o caso, segundo indica 'Fox News'.

Em 19 de janeiro de 2019, após a Marcha pela Vida, a imprensa divulgou afirmações de que um vídeo curto mostrava jovens do Covington Catholic High School (Kentucky) assediando Nathan Phillips, um ativista nativo americano que cantava e tocava um tambor cerimonial do lado de fora do Monumento a Lincoln.

O vídeo postado no Twitter mostra Sandmann, que usava um chapéu com o lema "Make America Great Again", sorrindo e muito perto de Phillips. O ativista disse aos meios que os estudantes o assediaram e repetiam as frases "construir o muro" ou "construir esse muro", referindo-se à promessa eleitoral de Donald Trump de construir um muro na fronteira mexicana para evitar a entrada de migrantes.

O vídeo rapidamente se tornou viral e muitas pessoas pediram a suspensão ou expulsão de Sandmann e seus colegas de classe como castigo por seu comportamento aparentemente desrespeitoso.

A diocese à qual Sandmann pertence, assim como a sua escola de ensino médio, publicaram inicialmente declarações condenando seu comportamento. No entanto, à medida que avançava o fim de semana, descobriu-se um vídeo adicional que mostrava um contexto muito mais claro do encontro entre Phillips e Sandmann.

As novas imagens revelaram que Sandmann e seus colegas de classe tinham sido intimidados pelos nativos norte-americanos e membros dos israelitas hebreus negros (BHI, na sigla em inglês), que fizeram insultos raciais. Os estudantes negaram ter cantado "construir o muro", frase que não foi escutada nos vários vídeos sobre o incidente.

Além disso, o vídeo mostrou que o ativista Phillips havia se aproximado dos alunos da escola católica de Covington, e não o contrário, e começou a tocar um tambor na cara de Sandmann. O jovem de 16 anos optou apenas por permanecer em silêncio e, inclusive, começou a rezar.

Em um comunicado divulgado um dia depois de o vídeo viralizar, Sandmann disse que sorriu naquele momento em um esforço por acalmar a tensão da situação e mostrar que não era uma pessoa violenta.

A Diocese de Covington e a Covington Catholic High School emitiram declarações condenando os estudantes, mas depois se retrataram. O Bispo de Covington, Dom Roger Foys, conversou com os estudantes católicos de Covington e pediu desculpas por sua resposta prematura ao incidente.

Uma investigação realizada por terceiros concluiu que os estudantes não tinham provocado o encontro e que não havia evidências de que tivessem feito declarações ofensivas ou racistas.

A família do jovem católico pediu uma indenização milionária devido aos danos morais e à "angústia emocional que Nicholas e sua família sofreram" com a notícia falsa que viralizou.

O advogado de Sandmann, Todd McMurtry, disse a 'Fox News' que em 30 ou 40 dias serão apresentadas ações contra até 13 acusados.

"Entre eles: ABC, CBS, The Guardian, The Huffington Post, NPR, Slate, The Hill e Gannett, dono do Cincinnati Inquirer, além de outras equipes pequenas, de acordo com McMurtry", destaca Fox News.

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