Vaticano, Jan 13, 2020 / 11:00 am
Um congressista do estado de Tennessee (Estados Unidos) apresentou um projeto de lei para exigir que os atletas escolares compitam com outros atletas que compartilham o mesmo sexo biológico e não com base no "gênero" com o qual se percebem.
O Projeto HB 1572, apresentado pelo republicano Bruce Griffey em dezembro, argumenta que "uma escola não aceitará nenhuma certidão de nascimento com a finalidade de participar de um evento esportivo ou atlético que tenha sido revisada ou alterada em relação ao sexo de um atleta".
Da mesma forma, indica que a escola que violar esse requisito será "imediatamente inelegível para continuar recebendo fundos públicos de qualquer tipo deste estado ou de um governo local".
A lei também aplicaria uma multa de até 10 mil dólares a qualquer escola ou funcionário do estado que omita a proibição. O funcionário também teria que deixar seu cargo e estaria impossibilitado de ocupar cargos públicos, cargos de administração escolares ou de direção por cinco anos.
"Estamos vendo cada vez mais atletas transgêneros competindo e publicando vitórias em competições esportivas tradicionais, e fazemos isso em detrimento das meninas e mulheres nascidas biologicamente. Os meninos e os homens, devido aos níveis de testosterona, maior estrutura óssea, maior capacidade pulmonar e maior tamanho do coração, têm vantagens físicas nos esportes em relação a meninas e mulheres", disse Griffey em um comunicado enviado por e-mail para o meio 'The Tennessee Star'.
Além disso, o congressista disse que é "fundamentalmente injusto" para as meninas que competem por bolsas de estudos universitárias quando enfrentam um transexual.
De acordo com 'The Tennessee Star', este projeto de lei responde à "Lei de Igualdade" aprovada pela Câmara de Representantes em maio: "Se esse projeto se tornar uma lei, emendaria a Lei dos Direitos Civis de 1964 para adicionar a identidade de gênero e a orientação sexual como estados protegidos. O Senado, controlado pelos republicanos, não votou sobre este tema", destaca o meio.
"Com a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, pressionando na Câmara para aprovar a HR 5, a Lei da Igualdade, que, entre outras coisas, cria um direito civil para os atletas do sexo masculino se identificarem como mulheres em competições esportivas, acho que é importante que os estados tomem uma posição. É isso o que procuro fazer mediante a apresentação do Projeto de Lei 1572 da Câmara de Representantes", afirmou Griffey.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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