22 de dezembro de 2024 Doar
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Igreja no México exige que autoridades respeitem dignidade e direitos humanos de migrantes

Imagem referencial | Migrantes no México. Crédito: Cortesia Catholic Relief Services.

A Conferência do Episcopado Mexicano (CEM) fez um chamado às autoridades migratórias e à Guarda Nacional do México para que respeitem a dignidade e os direitos humanos dos centro-americanos que tentam ingressar no país em uma nova caravana de migrantes.

Através do Twitter, Dom Alfonso Miranda Guardiola, secretário-geral da Conferência do Episcopado Mexicano, assinalou: "fazemos um forte chamado ao Instituto Nacional de Migração e à Guarda Nacional para que realizem seu trabalho respeitando a dignidade e os direitos humanos dos migrantes, evitando toda agressão e dano contra esses irmãos, cujo único delito é buscar uma vida melhor".

Entre 20 e 21 de janeiro, foram publicadas imagens de autoridades migratórias e integrantes da Guarda Nacional respondendo com violência às tentativas dos migrantes de ingressar no México pela fronteira sul do país.

Os migrantes, que formam uma caravana e buscam cruzar da Guatemala para o México em diferentes etapas, somam 3.500 pessoas.

"Estas imagens ferem a alma e mostram o México como o irmão mais velho que coloca para fora o irmão mais novo centro-americano", disse Dom Miranda Guardiola.

Em coletiva de imprensa na terça-feira, 21de janeiro, consultado sobre as ações da Guarda Nacional e das autoridades migratórias, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse que "se preocupa que a lei seja aplicada sem violar direitos humanos, isso conseguimos inclusive ontem".

"Nossos adversários, os conservadores, gostariam que fossem reprimidos, que tivesse foto", assinalou, acrescentando que "os que antes não diziam nada" agora querem "ter uma foto de um guarda nacional batendo em uma criança, mas não porque não somos iguais".

López Obrador disse que buscam respeitar os "direitos humanos, oferecer refúgio e, embora pareça contraditório, proteção. Porque, se não cuidamos deles, se não sabemos quem são, se não temos um registro, passar e chegam ao norte e as quadrilhas de criminosos os pegam e os atacam, porque antes também era assim, eles desapareciam".

Em uma carta publicada em 17 de janeiro, Dom José Guadalupe Torres Campos, Bispo de Ciudad Juárez e responsável pela Dimensão Episcopal da Pastoral da Mobilidade Urbana da CEM, lamentou que "as políticas migratórias em nosso país continuam sendo de restrição".

"Como Igreja, somos chamados a agir na caridade, seguindo os princípios de solidariedade e subsidiariedade, por isso exortamos todos a favorecer nossos irmãos migrantes, dando-lhes pão, abrigo e assistência médica quando necessário nas paróquias de nossas dioceses", expressou.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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