5 de dezembro de 2024 Doar
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Morte de seminarista mostra a crescente insegurança que há na Nigéria, assinala ACN

Seminarista Michael Nnadi. Foto de cortesia

A Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) Internacional expressou suas condolências pela morte do seminarista Michael Nnadi, que havia sido sequestrado na Nigéria, e observou que esse fato mostra a falta de segurança no país africano.

O seminarista Michael Nnadi tinha 18 anos. Foi sequestrado no Seminário Good Shepherd, em Kaduna, no norte da Nigéria, em 8 de janeiro. Com ele, também estavam os seminaristas Pius Kanwai (19), Peter Umenukor (23) e Stephen Amos (23).

Um dos seminaristas foi libertado em 19 de janeiro, enquanto os outros dois foram libertados em 31 de janeiro. Infelizmente, o corpo sem vida de Michael Nandi foi encontrado em uma estrada no sábado, 1º de fevereiro.

Segundo os meios locais, a esposa de um médico, que havia sido sequestrada por homens armados em 24 de janeiro com seus dois filhos, também foi morta junto com o seminarista.

O presidente executivo de ACN, Thomas Heine-Geldern, disse estar "chocado com a magnitude deste ataque do mal. Estou profundamente triste com a notícia do assassinato brutal desse jovem inocente".

Heine-Geldern enfatizou que a comunidade católica local mostra "uma fé admirável e uma total confiança em Deus". Disse que a missão de ACN atualmente é "é ajudar, através da oração e da ação concreta junto da Igreja nigeriana, no seu caminho da cruz".

Heine-Geldern indicou que a comunidade internacional precisa acordar para o grande desafio que o povo nigeriano enfrenta. "A insegurança é tão grande quanto era durante a guerra civil. Isso é inédito. A Nigéria é uma nação multirreligiosa e multiétnica. A segurança deve ser garantida para todos", afirmou.

Um dos educadores do seminário de Kaduna disse à ACN que Michael era órfão e cresceu com sua avó. "Ele era um seminarista jovem e talentoso", disse.

"Parece que seu único crime foi o desejo de servir a Deus. As forças de segurança e o governo não souberam protegê-lo. Descanse em paz, Michael", acrescentou.

ACN assinalou que os sequestros se tornaram uma arma comum de criminosos e terroristas no estado de Kaduna. "De acordo com o Conselho de Relações Exteriores (CFR), uma organização independente e apartidária nos Estados Unidos, 114 pessoas foram sequestradas somente neste estado em janeiro de 2020", alertaram.

"Kaduna está no topo da lista de sequestros na Nigéria", concluíram.

A Nigéria também sofre com a violência do Boko Haram, um grupo terrorista muçulmano que age no norte do país e estendeu suas ações para Camarões, Níger e Chade. Além disso, em 2015, expressou sua adesão ao Estado Islâmico.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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