WASHINGTON DC, Feb 21, 2020 / 16:00 pm
Cinquenta das principais organizações pró-vida e pró-família latino-americanas enviaram uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo que não ceda frente às pressões que buscam desfazer as políticas pró-vida aprovadas durante seu mandato, especialmente a extensão da "política da Cidade do México" em 2017.
A carta foi enviada em 14 de fevereiro e está assinada pelo presidente da Aliança pela Família (Honduras), Leonardo Casco Fortin. A carta também agradece a Trump pela defesa da vida desde a concepção durante seu mandato e que foi evidenciada no discurso que fez na Marcha pela Vida 2020, em Washington, DC.
"Em nome de muitas organizações pró-vida de muitos países latino-americanos e dos presentes na Marcha pela Vida 2020, gostaríamos de agradecer a sua coragem de falar a favor do nascituro, tanto em nível nacional como internacional", começa o texto.
Mais adiante, a carta destaca os esforços de Trump "e os do vice-presidente [Mike] Pence e do secretário [Mike] Pompeo, para proteger a soberania dos Estados latino-americanos sobre nossas leis pró-vida".
"A retirada de fundos de sua administração para impedir que a Organização dos Estados Americanos (OEA) defenda o aborto e viole a política da Cidade do México, foi um passo muito esperado que fornece um enorme apoio à nossa luta contra a imposição da agenda de aborto em nossos países ", diz a carta.
A política da Cidade do México foi estabelecida durante o governo Ronald Reagan (1981-1989) e proíbe o uso de dinheiro dos contribuintes para financiar ONGs que "façam ou ativamente promovam" o aborto como forma de planejamento familiar.
Em 26 de março de 2019, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou a expansão da política da Cidade do México com novas restrições, em resposta ao lobby que promove essa prática através da OEA. Uma das medidas é a plena entrada em vigor da "Emenda Siljander", que proíbe o uso de fundos federais, incluindo ajuda externa, para o lobby a favor ou contra o aborto. Pompeo também indicou que reduziria a quantidade de dinheiro que os Estados Unidos doam anualmente à OEA.
"A forte postura do Secretário Pompeo contra a pressão da OEA para revogar nossas leis nacionais pró-vida não teve precedentes e foi muito bem recebida em nossos países, assim como a sua denúncia da linguagem eufemística sobre os direitos sexuais e reprodutivos projetados para impor o aborto livre nos países que o rejeitam", continua a carta.
"Agradecemos a você e a sua administração por defender a legislação democrática e o direito à vida de todos os seres humanos em fóruns internacionais", acrescenta.
Finalmente, as várias organizações pró-vida e pró-família se comprometeram "a apoiar qualquer esforço para que nossos países se unam a iniciativas lideradas pelos Estados Unidos para proteger a vida humana nas Nações Unidas e na OEA, como a Declaração conjunta sobre a cobertura universal de saúde da Organização Mundial da Saúde".
"Com muita gratidão e apoio ao seu trabalho pró-vida e ao de seu governo, rezamos para que Deus continue fornecendo-lhe a oportunidade de falar por aqueles que não podem falar por si mesmos", conclui a carta enviada a Trump.
Em declarações à ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI –, Casco Fortin comentou que atualmente se vive em "uma conjuntura muito importante e única", porque "o presidente Trump assumiu a liderança pró-vida em nível continental".
"Graças à sua tenacidade e compromisso, não perdeu tempo. Desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos, enfraqueceu a maquinaria abortista e fortaleceu a cultura pró-vida como nenhum presidente antes", afirmou Casco, que assina a carta na qual participam 50 dos mais importantes grupos pró-vida e pró-família de língua hispânica.
O presidente de Aliança pela Família de Honduras também disse que é hora de "aproveitar a liderança de Trump e nos esforçar para que os nossos governos, baseados em nossa idiossincrasia, leis e valores, apoiem seu esforço nos fóruns internacionais tais como as Nações Unidas e a OEA".
Finalmente, fez um chamado aos governos latino-americanos para que "proponham políticas e ações em favor do nascituro e da família a não permanecerem passivos".
"É um momento decisivo para nossos países", afirmou.
Atualmente, Trump é atacado por representantes do Partido Democrata que defendem as posições pró-aborto mais radicais dos Estados Unidos.
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