Vaticano, Mar 12, 2020 / 13:00 pm
O prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, Cardeal Peter Turkson, renovou a proximidade da Igreja na pastoral da saúde "a todos aqueles que sofrem com o contágio do COVID-19, às vítimas e às suas famílias, bem como a todos os trabalhadores da saúde".
O Purpurado assegurou que continuará apoiando "com todos os meios os esforços dos trabalhadores da saúde e das instalações médicas em várias partes do mundo, especialmente nas áreas mais remotas e difíceis, confiando também na solidariedade ativa de todos".
Em uma mensagem dirigida aos presidentes das Conferências Episcopais, aos bispos encarregados da pastoral da saúde do mundo e às autoridades civis, entre outras, o prefeito do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral indicou que "deseja unir-se à voz do Santo Padre, renovando, assim, a proximidade da Igreja, na animação da pastoral da saúde, a todos aqueles que sofrem por causa do contágio de COVID-19, às vítimas e às suas famílias, bem como a todos os agentes de saúde, engajados na linha de frente, dispendendo toda energia na assistência às pessoas atingidas e em levar alívio a estas".
Na carta divulgada em 11 de março pela Sala de Imprensa da Santa Sé, o Cardeal Turkson reconheceu que "estamos vivendo dias de forte preocupação e crescente inquietude, dias em que a fragilidade humana e a vulnerabilidade da presumível segurança na técnica são insidiadas em nível mundial pelo Coronavírus (COVID-19), diante do qual se estão debilitando todas as atividades mais significativas, como a economia, o empreendedorismo, o trabalho, as viagens, o turismo, o esporte e até mesmo o culto, e seu contágio limita notavelmente também a liberdade de espaço e de movimento".
Nesse sentido, a autoridade vaticana sublinhou que, "pensando particularmente nos países mais atingidos pelo contágio, nos unimos, recordando-os em nossa oração, no trabalho das autoridades civis, dos voluntários e daqueles que estão empenhados em deter o contágio e a prevenir o risco para a saúde pública e o crescente medo que tal difusa epidemia está gerando".
Além disso, o purpurado incentivou "as estruturas e as organizações de saúde leigas e católicas, nacionais e internacionais, a continuar oferecendo sinergicamente a assistência necessária às pessoas e às populações, bem como a realizar todos os esforços que se tornam indispensáveis para encontrar uma solução à nova epidemia, segundo as indicações da OMS e das autoridades políticas nacionais e internacionais".
"O valor da solidariedade também precisa ser encarnado. Pensemos no vizinho, no colega de escritório, no amigo da escola, mas principalmente nos médicos e enfermeiros que correm o risco de contaminação e infecção para salvar os doentes. Estes trabalhadores vivem e nos mostram o significado do mistério da Páscoa: entrega e serviço", afirmou.
Da mesma forma, o Cardeal Turkson recomendou às comunidades mais afetadas "que não vivam tudo como uma privação. Se não podemos nos reunir em nossas assembleias para viver juntos nossa fé, como costumamos fazer, Deus nos oferece a oportunidade de nos enriquecer, descobrir novos paradigmas e redescobrir nosso relacionamento pessoal com Ele".
"Quantas vezes o Papa Francisco nos convidou a ter as Sagradas Escrituras ao alcance da mão! A oração é a nossa força, a oração é o nosso recurso. Eis então o momento favorável para redescobrir a paternidade de Deus e o nosso ser filhos: 'Em nome de Cristo suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus'(2 Cor 5,20), diz São Paulo, e esta é a Mensagem de Quaresma deste ano que o Papa Francisco nos deu. Que providência!", expressou.
Por isso, o Purpurado convidou a rezar a Deus Pai "para que aumente a nossa fé, ajude os doentes na cura e sustente os agentes de saúde em sua missão. Esforcemo-nos para evitar a estigmatização de quem foi atingido: a doença não conhece limite nem de cor de pele, pelo contrário, fala a mesma língua. Cultivemos a 'sabedoria do coração': que é uma 'atitude infundida pelo Espírito Santo' em quem sabe abrir-se ao sofrimento dos irmãos e reconhece neles a imagem de Deus".
Finalmente, a autoridade vaticana exortou "as autoridades políticas a que não negligenciem a justiça social e o apoio à economia e à pesquisa, agora que o vírus está criando, infelizmente, uma nova crise econômica".
"Nós continuaremos de todos os modos apoiando os esforços dos agentes de saúde e das estruturas médico-sanitárias nas várias partes do mundo, sobretudo naquelas mais remotas e em maior dificuldade, confiando também na solidariedade operosa de todos. Pedimos ao Espírito Santo que ilumine os esforços dos cientistas, dos agentes de saúde e dos governantes e confiamos todas as populações atingidas pelo contágio à intercessão da Virgem Maria, Mãe da humanidade", concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz
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