22 de dezembro de 2024 Doar
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Vaticano recebe com satisfação a notícia de que o Cardeal Pell está em liberdade

Cardeal George Pell em uma Missa em Roma em 2016. | Daniel Ibáñez / ACI Prensa

O Vaticano recebe "com satisfação a sentença unânime" proferida pelas autoridades australianas em favor do Cardeal George Pell, ex-prefeito da Secretaria para a Economia do Vaticano, que foi absolvido das acusações de cinco supostas acusações de abuso sexual e que esteve na prisão desde dezembro de 2018.

Em um comunicado oficial, a Sala de Imprensa do Vaticano indicou que "a Santa Sé, que sempre confiou na autoridade judiciária australiana, recebe com satisfação a sentença unânime proferida pelo Supremo Tribunal em relação ao Cardeal George Pell, que o absolve de acusações de abuso de menores, revogando a condenação".

Por isso, a nota oficial recordou que "o purpurado australiano, ao se submeter ao julgamento da magistratura, sempre reiterou sua inocência, esperando que a verdade fosse apurada".

Por fim, "a Santa Sé reitera seu compromisso de prevenir e combater todo abuso de menores".

Cardeal Pell agradece orações e cartas

Após esse anúncio, a Arquidiocese de Sydney divulgou uma declaração do Cardeal Pell na qual agradeceu "por todas as orações e milhares de cartas" que recebeu durante esse período, assim como também recordou: "sempre mantive minha inocência enquanto sofria uma grave injustiça".

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O Cardeal George Pell, de 78 anos, e ex-prefeito da Secretaria para a Economia do Vaticano, havia sido condenado por cinco acusações de abusos sexuais contra dois meninos do coro quando era Arcebispo de Melbourne, em 1996 e 1997.

A sentença, emitida em 11 de dezembro de 2018, considerou comprovados os eventos que, segundo as alegações, teriam ocorrido após a Missa de domingo.

A sentença condenou o Cardeal a 6 anos de prisão, dos quais deveria cumprir pelo menos 3 anos e 8 meses antes de poder solicitar a liberdade condicional.

Em 29 de junho de 2017, o Cardeal George Pell anunciou sua renúncia como Prefeito da Secretaria de Economia da Santa Sé e anunciou que estava voltando à Austrália para enfrentar as acusações.

Em uma coletiva de imprensa realizada na Sala de Imprensa da Santa Sé, o Cardeal afirmou que rechaçava "fortemente essas acusações", afirmando que as acusações eram "falsas" e também explicou que informou ao Papa Francisco sobre tudo em relação à sua situação.

Por fim, o Cardeal Pell alertou que havia sido condenado pela mídia antes mesmo do início do julgamento.

O Papa reza pelos inocentes que sofrem sentenças injustas

Por sua parte, o Papa Francisco rezou, em 7 de abril, na Missa na Casa Santa Marta por todas as pessoas inocentes que "sofrem uma sentença injusta".

"Nestes dias de Quaresma vimos a perseguição que Jesus sofreu e como os doutores da Lei se acirraram contra Ele: foi julgado sob acirramento, com acirramento, sendo inocente. Gostaria de rezar hoje por todas as pessoas que sofrem uma sentença injusta por acirramento", indicou o Santo Padre no início da Eucaristia matutina que celebra diariamente e horas depois do Supremo Tribunal da Austrália ter anulado, nesta terça-feira pela manhã (hora local), a condenação do Cardeal Pell.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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