22 de dezembro de 2024 Doar
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Embaixadora dos EUA junto à Santa Sé elogia ajuda humanitária de instituições religiosas

Embaixadora dos Estados Unidos junto à Santa Sé, Callista Gingrich, cumprimentando o Papa Francisco no Vaticano (outubro de 2019 | Domínio Público

Embaixadora dos Estados Unidos junto à Santa Sé, Callista Gingrich, cumprimentando o Papa Francisco no Vaticano (outubro de 2019) / Crédito: Domínio Público

A embaixadora dos Estados Unidos junto à Santa Sé, Callista Gingrich, destacou o papel das organizações religiosas que fazem chegar a ajuda do Governo norte-americano destinada às pessoas que sofrem devido ao coronavírus na Itália.

"Os Estados Unidos estão financiando ONGs e organizações religiosas que podem oferecer assistência crítica de maneira efetiva. É importante que o dinheiro norte-americano seja bem aproveitado. As organizações baseadas na fé são sócias efetivas e confiáveis. Inspiram-se em um sentido de propósito e dedicação para ajudar os mais necessitados", disse a embaixadora a EWTN News, em 6 de maio.

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) destinou 50 milhões de dólares para ajudar a Itália em sua resposta ao surto, que inclui 30 milhões de dólares em fundos divididos entre organizações religiosas, organizações não governamentais e organizações públicas internacionais, indicou um funcionário da embaixada a CNA, agência em inglês do grupo ACI.

O valor faz parte dos 900 milhões de dólares que o governo dos Estados Unidos destina globalmente para contribuir com a resposta à pandemia da COVID-19. Em 6 de maio, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou que 100 milhões de dólares serão usados ​​para apoiar a detecção e o controle de vírus, e outros 28 milhões para apoiar refugiados e migrantes.

Embora o governo dos Estados Unidos ainda esteja em processo de investigar quais ONGs e organizações religiosas receberão fundos na Itália, a embaixadora Gingrich disse que o pacote de assistência inclui fundos para "alguns de nossos sócios afiliados ao Vaticano aqui, na Itália".

Um documento da USAID divulgado em abril descreve o trabalho de Catholic Relief Services e da Cáritas em Bangladesh, Nepal, Líbano, Libéria, Quênia, Guatemala e México para apoiar os cuidados de saúde entre as populações vulneráveis. Também mostra contribuições da Islamic Relief USA, do Comitê Judaico Americano de Distribuição Conjunta, World Vision e Malteser International, a agência de ajuda da Ordem de Malta.

Na Itália, Malteser International estabeleceu um hospital e doou 260 respiradores e distribuiu alimentos e medicamentos para os idosos de forma isolada.

Um simpósio do Vaticano sobre alianças governamentais com organizações religiosas, organizado em conjunto pela Embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé em outubro, também destacou o trabalho da Caritas Internationalis, da Comunidade de Santo Egídio e da Ajuda à Igreja que Sofre para proporcionar assistência humanitária.

O governo dos Estados Unidos já havia feito parcerias com organizações religiosas para fornecer ajuda de emergência, defender a liberdade religiosa e combater o tráfico de pessoas, declarando que esses tipos de instituições fornecem "um acesso incomparável às populações locais e uma dedicação feroz à dignidade humana".

Em abril, a embaixada divulgou através de um vídeo o trabalho da organização cristã evangélica Samaritan's Purse para criar e contratar um hospital de campanha de emergência em Cremona, Itália.

"Enquanto o mundo continua combatendo a pandemia da COVID-19, as organizações religiosas estão desempenhando um papel vital", disse Gingrich no vídeo.

Mais de 30 mil pessoas morreram no surto de coronavírus na Itália, de acordo com estatísticas recentes do Ministério da Saúde italiano. Pelo menos 89 mil pessoas continuam infectadas com COVID-19 na Itália depois de um total de mais de 215 mil casos terem sido documentados, principalmente no norte do país.

Devido ao bloqueio nacional da Itália, a Embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé teve que cancelar vários eventos que havia programado para a primavera, incluindo o simpósio "Enfrentando o aumento global do antissemitismo", programado para coincidir com a abertura dos Arquivos do Vaticano sobre o Papa Pio XII.

No entanto, a embaixadora disse que continuou falando com membros da comunidade diplomática por meio de videoconferências semanais.

"Essa pandemia afetará bastante nossas prioridades e atividades no futuro. No entanto, por meio de reuniões, simpósios e diplomacia cultural, a Embaixada dos Estados Unidos junto à Santa Sé continuará nosso importante trabalho com o Vaticano para promover a paz, a liberdade e a dignidade humana em todo o mundo", afirmou Gingrich.

Publicado Originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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