21 de novembro de 2024 Doar
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Papa Francisco adverte sobre as pandemias da fome a da guerra

Papa Francisco na Missa da casa Santa Marta. | Vatican Media

Nesta quinta-feira, 14 de maio, dia de oração, jejum e misericórdia para rezar pelo fim do coronavírus, o Papa Francisco destacou que, além da pandemia de saúde, existem outras pandemias no mundo.

Tanto na intenção de oração da Missa da manhã como durante a sua homilia, o Pontífice pediu orações pelo fim da pandemia e pediu as orações dos católicos por isso.  

No entanto, o Papa Francisco assinalou que existem outras pandemias no mundo, como a da guerra, a da fome e, inclusive, a pandemia "moral".

Em sua homilia, o Santo Padre refletiu sobre a primeira leitura da Missa, do Livro de Jonas, na qual o profeta convida o povo de Nínive a se converter para não sofrer a destruição da cidade. Nínive se converteu e a cidade foi salva de uma pandemia, talvez "uma pandemia moral", afirmou o Papa.

"Isso deveria nos levar a pensar nas outras pandemias do mundo. Há muitas pandemias! A pandemia das guerras, da fome e muitas outras", advertiu Francisco, que quis citar "uma estatística oficial dos primeiros quatro meses deste ano, que não fala da pandemia do coronavírus, fala de outra. Nos primeiros quatro meses deste ano morreram de fome 3 milhões e 700 mil pessoas. Existe a pandemia da fome. Em quatro meses, quase 4 milhões de pessoas", afirmou o Santo Padre.

Nesta linha, o Pontífice explicou que "esta oração de hoje para pedir que o Senhor detenha esta pandemia nos deve levar a pensar nas outras pandemias do mundo. Há muitas pandemias! A pandemia das guerras, da fome e muitas outras".

"Mas o importante é que, hoje - juntos e graças à coragem que o Alto Comitê para a Fraternidade Humana teve, juntos fomos convidados a rezar cada um segundo a própria tradição e a fazer um dia de penitência de jejum e também de caridade, de ajuda aos outros. Isso é importante!", frisou.

A fé e a oração movem montanhas

Da mesma forma, o Santo Padre descreveu que, no livro de Jonas, "ouvimos que o Senhor, quando viu como o povo tinha reagido – que tinha se convertido –, o Senhor cessou, desistiu daquilo que Ele queria fazer. Que Deus detenha esta tragédia, que detenha esta pandemia".

Nesse sentido, o Papa Francisco reconheceu que "nós não esperávamos esta pandemia, veio sem que nós a esperássemos, mas agora está aí. E muitas pessoas morrem. E muitas pessoas morrem sozinhas e muita gente morre sem poder fazer nada".

Mas advertiu sobre o pensamento de "mas não me diz respeito, graças a Deus me salvei". Mas pense nos outros! Pense na tragédia e também nas consequências econômicas, nas consequências sobre a educação, as consequências... naquilo que virá depois "

"Por esta razão, hoje, todos nós, irmãos e irmãs de todas as tradições religiosas, rezamos a Deus", pedindo para que "Deus detenha esta tragédia, que detenha esta pandemia. Que Deus tenha piedade de nós e que cesse também as outras pandemias tão ruins: a da fome, a da guerra, a das crianças sem instrução. E peçamos isso como irmãos, todos juntos. Que Deus nos abençoe a todos e tenha piedade de nós".

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