19 de dezembro de 2024 Doar
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USAID condena promoção do aborto da ONU em meio à pandemia

Imagem referencial | Pixabay

O administrador interino da Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID), John Barsa, reconheceu o direito à vida do nascituro, ao exortar o Secretário-Geral das Nações Unidas (ONU) a deixar de promover o aborto nas políticas desenvolvidas para abordar a crise de saúde mundial ocasionada pela COVID-19.

A carta dirigida a António Guterres, publicada em 18 de maio, faz uma exortação a ele e "aos seus funcionários e aos fundos, programas e agências especializadas e técnicas da ONU a se manterem focados nas intervenções que salvam vidas", e pede-lhe que "a resposta à pandemia evite criar controvérsia".

"Portanto, peço-lhe que remova as referências à 'saúde sexual e reprodutiva' e seus derivados do Plano de Resposta Humanitária Global (Global HRP) e que remova a provisão de aborto como um componente essencial das prioridades da ONU para responder à pandemia de COVID-19", escreveu Barsa.

O chefe da USAID acha que "a ONU não deveria usar esta crise como uma oportunidade para promover o acesso ao aborto como um 'serviço essencial'".

"Infelizmente, o Plano de Resposta Humanitária Global faz exatamente isso, ao colocar cinicamente o fornecimento de 'serviços de saúde sexual e reprodutiva' no mesmo nível de importância que a insegurança alimentar, os cuidados médicos essenciais, a desnutrição, o refúgio e o saneamento. O mais notório é que o Global HRP exige a distribuição generalizada de medicamentos e provisão para o aborto, e a promoção do aborto nos países locais", denunciou Barsa.

O executivo também enfatizou que "as Nações Unidas não deveriam intimidar nem coagir os Estados membros comprometidos com o direito à vida".

"Usar a pandemia da COVID-19 como justificativa para pressionar governos a mudarem suas leis é uma afronta à autonomia de cada sociedade para determinar suas próprias políticas nacionais de assistência à saúde. Os Estados Unidos apoiam nações comprometidas em proteger os nascituros", afirmou.

Por outro lado, Barsa recordou que os Estados membros "estão profundamente divididos no uso do termo 'saúde sexual e reprodutiva' e seus derivados, e está entre os temas mais polarizadores levantados nas negociações da ONU".

"O Global HRP, e as atividades das agências e organismos da ONU no futuro devem usar uma linguagem clara e tomar medidas claras para atender às reais necessidades das pessoas vulneráveis ​​em todo o mundo sem promover o aborto. Agora não é o momento de adicionar discordâncias desnecessárias à resposta da COVID-19", afirmou.

Em outro ponto de sua carta, Barsa destacou que "a prestação de cuidados médicos essenciais é a primeira prioridade em todo o mundo durante esse período" e que, além disso, "a grave escassez de alimentos poderia representar um segundo impacto mortal da pandemia em muitos países".

"O Plano Global de Resposta Humanitária da ONU e seu apelo coordenado de 6,71 bilhões de dólares, deve permanecer focado em atender às necessidades mais urgentes e específicas que surgem da pandemia", lembrou o funcionário da USAID.

Em um comunicado, a plataforma pró-vida e pró-família Live Action, aplaudiu a liderança da USAID "em dizer a verdade a esta poderosa organização global".

De acordo com Lila Rose, fundadora e presidente de Live Action, é "inconcebível que as Nações Unidas considerem que o aborto é um 'direito'" e que esteja "promovendo o assassinato de crianças inocentes com o pretexto de uma resposta pandêmica".

"A liderança da USAID nos encoraja a remover a cortina da linguagem eufemística de 'saúde sexual e reprodutiva' das Nações Unidas, expondo-a como uma tentativa de matar crianças e explorar as mulheres nos países onde são mais vulneráveis", explicou a líder pró-vida.

Rose pediu ser claros, destacando que "o aborto é o assassinato direto e intencional de um ser humano inocente" e, portanto, garantiu que "matar uma criança não é um tratamento médico e só prejudica as famílias já prejudicadas pela COVID-19".

"Não pode haver defesa dos direitos humanos sem reconhecer o direito básico à vida de todo ser humano, e isso inclui o direito de ser protegido da injustiça violenta e fatal do aborto", lembrou Rose.

Finalmente, pediu ao Governo dos Estados Unidos "que mantenha a ONU e as ONGs globais com esse padrão de respeito por toda a vida humana e faça tudo o que estiver ao seu alcance para proibir completamente o assassinato de nascituros, a maior e mais abrangente injustiça de nossos dias".

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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