22 de dezembro de 2024 Doar
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Milhares aderiram à Marcha Digital pela Vida na Argentina

Família. Crédito: Pixabay

Milhares de argentinos e defensores da vida de todo o mundo aderiram à Marcha pela Vida em 30 de maio, realizada pela primeira vez de forma digital por causa das medidas para impedir a disseminação do coronavírus, COVID-19.

De acordo com os organizadores, segundo números preliminares, somente no Facebook a Marcha pela Vida alcançou 390 mil pessoas.

Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, a senadora argentina Silvia Elías de Pérez, uma das principais líderes pró-vida no parlamento, enfatizou que "a marcha de hoje foi muito positiva", pois "temos que ser conscientes que a vitória de 2018 não ocorreu por causa do grupo de senadores que tiveram que fazer a parte formal, mas por causa de uma enorme quantidade de argentinos que por todo o país saíram para defender suas ideias, seus direitos, para dizer que na Argentina toda vida vale e que nascer na Argentina não deve ser um direito dos desejados".

Essa marcha digital, enfatizou, serve para "colocar um ponto de partida novamente", para que tanto os grupos pró-vida como os cidadãos argentinos que defendem a vida desde a concepção possam voltar "a colocar-se no caminho, a trabalhar, porque temos que enfrentar uma batalha novamente".

Em 2018, as marchas pela vida convocadas em várias cidades argentinas totalizaram mais de 3 milhões de participantes, que exigiam que os congressistas argentinos rejeitassem a tentativa, incentivada pelo governo do então presidente da Argentina, Mauricio Macri, de legalizar o aborto.

O sucessor de Macri na presidência argentina, Alberto Fernández, ofereceu este ano um projeto de lei para legalizar o aborto.

Silvia Elías de Pérez lamentou que "é muito triste, dramático, que em meio a uma pandemia global, onde lutamos pela vida do povo, ainda passe pela cabeça do governo mandar este tipo de iniciativas que são contrárias à vida".

"O importante, novamente, é que voltemos a colocar a razão e a paixão a serviço dessa causa, a mais nobre de todas, porque é lutar pela preservação do gênero humano, conservar a vida e entender isso em todas as suas etapas, desde o início até o fim", assinalou.

Na marcha, que foi transmitida por cerca de duas horas pelo Facebook e YouTube, participaram importantes líderes pró-vida da Argentina e de diferentes partes do mundo. Entre eles, a comunicadora Lianna Rebolledo e o ator e produtor Eduardo Verástegui, ambos do México.

Em sua participação na Marcha pela Vida na Argentina, Verástegui lembrou sua recente participação nos grandes eventos digitais pró-vida na Guatemala e no México e destacou a importância da mídia para a defesa dos mais vulneráveis.

O ator e produtor mexicano lembrou que, nos fóruns que participa "a mensagem que sempre dou é trazer a palavra pró-vida a sua máxima plenitude".

"Claro que temos que defender a vida dentro do útero da mãe, defender o direito mais importante, fundamental, o direito de nascer, porque se não nasceu, não pode gozar de nenhum outro direito", afirmou. "Mas os pró-vida não paramos por aí, porque depois quem é o próximo? As crianças em situação de rua, não deveria haver mais nenhuma criança na rua e isso depende de nós, de todos", disse.

Verástegui também incentivou a erradicar o crime do tráfico de pessoas, assim como ajudar os adolescentes que sofrem de vícios e as mães abandonadas e abusadas.

Ser pró-vida, continuou, é velar "pela vida dos doentes que não têm recursos para pagar um bom médico, para receber tratamento adequado" e "cuidar da vida daqueles que foram falsamente acusados ​​e estão na prisão".

Além disso, Verástegui assinalou que a defesa da vida é "cuidar da vida dos idosos que estão abandonados em um asilo, morrendo de tristeza, porque nem mesmo seus familiares vão visitá-los".

"Ser a voz daqueles que não tem voz, defender aqueles que não podem se defender" é ser pró-vida, assegurou.

A hashtag promovida pelos organizadores, #YoMarchoXLaVida, permaneceu durante todo o evento entre as 10 principais tendências do Twitter na Argentina, com dezenas de milhares de menções.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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