22 de novembro de 2024 Doar
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Arcebispo pede fortalecer a Igreja doméstica com o exemplo dos mártires

Imagem referencial. Créditos: Pixabay

Nas celebrações pelo Dia dos Mártires, o Arcebispo de Kampala (Uganda), Dom Kizito Lwanga, pediu seguir o exemplo dos mártires ugandeses para fortalecer a fé cristã dentro das famílias, em meio aos desafios da pandemia de coronavírus.

Em 3 de junho, celebra-se o Dia dos Mártires, também conhecido como Festa de São Carlos Lwanga e seus companheiros, em Uganda. Este feriado nacional comemora os 22 católicos assassinados por ordem de Kabaka Mwanga II, então rei de Buganda, um dos reinos que mais tarde formariam Uganda, entre 1885 e 1887.

Dom Lwanga indicou em sua homilia que os mártires do país "nos ensinam a alimentar nossa fé na palavra de Deus" e exortou a seguir o exemplo deles para fortalecer a Igreja doméstica.

Além disso, incentivou as famílias a lerem a Bíblia diariamente, assinalando que, como católicos, os fiéis são chamados a meditar nessas leituras e renovar sua fé.

O Prelado recordou que os missionários que fugiram de Uganda devido à perseguição descobriram que havia mais católicos do que antes, graças principalmente à "Igreja doméstica e aos mártires de Uganda que evangelizaram essas pessoas" com o seu exemplo.

Do mesmo modo, refletiu sobre a situação da COVID-19 no país e indicou que, em um momento no qual não podemos ir aos templos, os mártires "nos ensinam a permanecer firmes na fé".

"Existe uma forte tentação de permanecer no egoísmo, no individualismo e no egocentrismo. Há também a tentação de desenvolver uma lógica da lei da selva, a sobrevivência para os mais aptos, que vai contra a virtude cristã da caridade", alertou

O Prelado assinalou que, em momentos de crise, os mártires ensinam que "devemos aumentar nossas obras de caridade, nossas obras de amor e não as reduzir ou destruir".

Dom Lwanga encorajou as pessoas a serem homens e mulheres de fé sob os cuidados de Deus, guiados pelo lema "Como os mártires de Uganda, cheios de fé, esperança e amor, venceremos", escolhido pela Arquidiocese para esta data.

"Os mártires ugandeses são uma realidade, estão no céu e podem interceder por nós, desde que tenhamos uma fé, esperança e amor fortes", disse o Prelado, que implorou os católicos de todo o mundo a rezarem pelo fim do Pandemia pela intercessão dos mártires de Uganda.

"Tenhamos esperança em Deus e uma atitude que nos lembre do nosso batismo e das nossas obrigações cristãs", concluiu.

Devido às restrições governamentais da COVID-19, a Missa do Dia dos Mártires no Santuário de Namugongo foi celebrada com um grupo limitado de fiéis. Vários peregrinos não puderam ir ao templo e permaneceram em oração do outro lado da cerca.

Publicado originalmente em ACI África. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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