22 de dezembro de 2024 Doar
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Fecham em Bagdá o maior centro de refugiados cristãos pelo aumento da COVID-19

Foto referencial. Crédito: Pixabay.

A Comissão de Direitos Humanos de Bagdá fechou o maior centro de refugiados de Bagdá devido ao aumento de cristãos infectados com COVID19.

O surto de coronavírus está "piorando na capital" de Bagdá e em outras partes do país. "A situação está se tornando cada vez mais precária, dia após dia", disse Dom Asia Shlemon Audish Warduni, Bispo Auxiliar de Bagdá.

O Prelado assinalou que todos os dias mais cristãos estão sendo vítimas da pandemia da COVID-19. Para impedir a disseminação do vírus, a Comissão de Direitos Humanos decidiu fechar o maior centro de cristãos deslocados da capital iraquiana.

O centro de refugiados, dedicado à Nossa Senhora e localizado perto da sede do Movimento Democrático Assírio, abrigava 135 famílias de Mosul e da planície de Nínive que haviam fugido do grupo Estado Islâmico (ISIS) no verão de 2014.

Segundo informa Asia News, este centro informou recentemente alguns casos de infectados por coronavírus. A disseminação do vírus começou quando uma mulher, que trabalha em um hospital administrado por religiosas, apresentou sintomas compatíveis com a COVID-19 e, provavelmente, teria infectado o seu esposo e a sua filha. Depois, foram informados outros três casos de infectados em outra família.

Muitas das famílias que vivem no centro são de Bajdida e do governo de Nínive. Antes do fechamento, o centro tinha 114 famílias, um total de 345 pessoas. Infelizmente, deixar o acampamento significou mais dificuldades para as famílias que já lutam para encontrar trabalho e meios de sobreviver.

Segundo fontes locais, embora o centro tenha sido completamente desinfetado em março, essa medida não o salvou das infecções recentes. Atualmente, os refugiados foram evacuados das instalações devido a possíveis infecções por coronavírus.

"Jovens, idosos e pessoas de todas as idades foram afetados. Este vírus atinge todos e não tem piedade. Uma tragédia dessa magnitude era impensável. Não há saída", disse Dom Warduni.

"Ao longo dos séculos, tivemos episódios, eventos negativos, pelos quais se fez penitência. Hoje, mesmo isso não parece suficiente, é uma coisa terrível ... Inclusive as pessoas más pedem misericórdia, porque têm medo", acrescentou.

Para Dom Warduni, "[a pandemia de coronavírus] é pior do que uma guerra, porque não sabemos de onde vem esse inimigo invisível. Não sabemos do que se trata. Apenas alguns dias depois de entrar em nosso corpo, ele se manifesta" em todo o seu alcance. Ultimamente, a situação "piorou" com "centenas" de casos todos os dias, afirmou.

Comecei a traduzir um livro dedicado à Virgem Maria. Esperamos que nossa Mãe celestial, que estava ao pé da cruz, possa ser uma fonte de salvação para a humanidade", acrescentou.

Recentemente, o Patriarca da Babilônia dos Caldeus e chefe da Igreja Católica Caldeia, Cardeal Louis Raphael Sako, publicou uma carta com seus pensamentos sobre a pandemia, enfatizando que suas trágicas implicações podem oferecer uma oportunidade "para uma fé mais profunda" e um sociedade "mais solidária".

Oficialmente, o Iraque registra 24.254 casos de pessoas infectadas com o novo coronavírus, 10.770 pessoas recuperadas e 773 mortes.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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