18 de dezembro de 2024 Doar
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Placas de decoração infantil mostrando princesas e super-heróis consideradas sexistas na Espanha

A diretora do Instituto da Mulher e para Igualdade de Oportunidades, Beatriz Gimeno, enviou uma carta a uma pequena empresa de Madri, na qual lhe critica por vender placas diferenciadas para meninos e meninas que, segundo destaca, "contribuem para fortalecer os estereótipos de gênero".

Segundo a carta publicada pelo jornal ABC, Gimeno explica que o Instituto para a Mulher e a Igualdade de Oportunidades administra um Observatório da Imagem das Mulheres "a fim de garantir o tratamento adequado da imagem das mulheres na publicidade e nos meios de comunicação".

 

Gimeno entrou em contato com a empresa depois de receber "uma reclamação" pela venda de "modelos de placas de porta para quartos de crianças, nas quais oferecem versões diferentes, dependendo se são para meninos ou meninas".

Dessa forma, se as placas são para meninos, têm mensagens como "Aqui dorme um pequeno herói" ou "Aqui dorme um pirata ", enquanto que se são para meninas, "Aqui dorme uma princesinha" ou "Aqui dorme a rainha da casa".

Em sua carta, datada de 28 de maio, Gimeno diz que esse tipo de design "contribui para o fortalecimento dos estereótipos de gênero, vinculando exclusivamente meninas ao papel tradicional de princesas de conto de fadas e meninos com papéis vinculados à ação, como personagens de piratas ou super-heróis".

Dessa forma, exorta a empresa a ter "responsabilidade social" no "design de seus produtos em geral, mas principalmente nos voltados para crianças".

"Com eles, podem contribuir para avançar para uma sociedade muito mais igualitária para mulheres e homens, longe de papéis estereotipados e discriminatórios", ressalta.

Beatriz Gimeno, diretora do Instituto da Mulher, foi denunciada em janeiro de 2020 pela Associação de Advogados Cristãos por um suposto crime de incitação ao ódio em um artigo publicado em 2013, onde ela justificava o incêndio de igrejas.

"Naqueles países em que a Igreja (ou as igrejas) fazem parte normal do âmbito das liberdades, ninguém sente necessidade de queimá-las. Mas não é o nosso caso. O profundo ódio que muitas pessoas sentem aqui pela Igreja Católica ganhou muito espaço", especificou nesse artigo.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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